Na manhã desta quarta-feira (22), imagens de um homem empurrando o corpo de uma idosa de 100 anos em uma cadeira de rodas viralizaram nas redes sociais. O incidente ocorreu na Rua Cândido Benício, no bairro Campinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, e está sendo investigado pela polícia.
Nos registros, o homem – identificado como filho da idosa, Aurora do Nascimento Marques, conforme informações do Corpo de Bombeiros – aparece empurrando a cadeira de rodas com o corpo da mãe. A idosa estava com a cabeça coberta por um pano, sem apresentar sinais de movimento, o que chamou a atenção de pedestres que passavam pelo local. Alguns transeuntes abordaram o homem, demonstrando preocupação com a situação. Confira abaixo:
Na manhã desta quarta-feira (22), o corpo de uma idosa de 100 anos foi visto circulando em uma cadeira de rodas, no Campinho, na Zona Norte do Rio. O caso está sendo investigado pela polícia. pic.twitter.com/kaGrl6zgIf
— Portal Roma News (@RomaNewsOficial) January 22, 2025
De acordo com informações do portal g1, Aurora faleceu na terça-feira (21), mas seu corpo só foi removido na manhã de quarta-feira (22), quando foi encontrado na via pública. A Polícia Civil foi acionada para realizar a perícia no local, e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para os procedimentos necessários.
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que “agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) foram acionados para atender uma ocorrência de encontro de cadáver na Rua Cândido Benício, no Campinho”. No local, a morte foi confirmada, e a perícia foi imediatamente acionada para dar início às investigações.
O que disse o filho
O filho de Aurora, que não teve sua identidade divulgada, foi levado até o 28ª DP (Campinho), onde prestou depoimento. Às autoridades, ele revelou ser morador da comunidade do Bateau Mouche, mas que teria sido ameaçado de expulsão do local no dia 7 de janeiro. Desde então, segundo ele, sua mãe não conseguia mais andar.
Na terça-feira, Aurora estava na cama quando começou a reclamar de mal-estar. O filho relatou que a idosa teve um mal súbito e faleceu na sequência. Após o ocorrido, ele diz ter chamado o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que teria comparecido ao local somente após a segunda ligação. Uma médica confirmou o óbito e informou que o Serviço Social realizaria a remoção do corpo.
Contudo, diante da suposta demora do serviço, ele decidiu colocar o cadáver da mãe na cadeira de rodas e levá-lo até o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Praça Seca. Ao sair de casa, o homem afirmou ter sido abordado por criminosos, que o acusaram de ter matado a própria mãe.
Ele também afirmou ter sido agredido durante a abordagem. Porém, de acordo com a Polícia Militar, o homem não apresentava ferimentos ao chegar à delegacia. Agentes da 28ª DP (Campinho) seguem investigando o caso.
A Secretaria de Assistência Social do município se manifestou, ressaltando que o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Gonzaguinha, na Praça Seca, está à disposição da família da vítima. Além do suporte psicológico, a instituição informou que oferece o serviço de enterro gratuito para pessoas em situação de vulnerabilidade.
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