A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou que os funcionários do petshop Cobasi guardaram os computadores da empresa em um local seguro antes das chuvas, enquanto vários animais foram deixados no subsolo da loja. A consequência foi a morte de pelo menos 38 aves, peixes e roedores.
Segundo uma declaração da delegada Samieh Saleh ao UOL, os aparelhos foram levados para o mezanino para evitar que a água os atingisse. Na última semana, a ONG gaúcha Princípio Animal denunciou que os bichos poderiam ter sido salvos se os profissionais tivessem transportado todos eles do subsolo do Shopping Praia de Belas para o mezanino, parte mais alta e que não foi atingida pela água.
“Identificamos que os computadores, CPUs que estavam nos caixas no subsolo foram retirados e colocados no mezanino. Eles tiveram esse cuidado em retirar os eletrônicos, mas os animais ficaram embaixo”, disse Samieh nesta quinta-feira (23).
Por enquanto, a vistoria realizada por agentes do Ibama, do Comando Ambiental da Brigada Militar e do IGP (Instituto Geral de Perícias) encontrou 38 corpos, mas eles acreditam que o número é maior. “Estava uma escuridão, fizemos uma busca em uma loja inteira com ajuda de lanternas, cheio de objetos no chão. Bem possivelmente que tenha bem mais”, afirmou a delegada, que solicitou uma lista dos animais que estavam na unidade.
Por enquanto, a polícia já ouviu a gerente do petshop e representantes do Shopping Praia de Belas. Em nota, a empresa disse que os funcionários deixaram a loja de forma emergencial. “A loja Cobasi Praia de Belas teve de ser deixada de forma emergencial, seguindo as orientações das autoridades locais. Foi garantido que os animais estivessem seguros e com o necessário para a sobrevivência ate o retorno dos colaboradores que considerávamos ser breve”, iniciou.
“Mas a tragédia foi sem precedentes e, apesar das tentativas constantes da empresa nos últimos dias, não foi possível o acesso seguro à loja devido ao nível da água. É com pesar que a Cobasi comunica a perda das vidas dos animais que estavam no local. A empresa seguirá atuando com as ONGs de proteção animal, da região e de todo o país, para salvar as vidas que pudermos, enquanto lamentamos aquelas que não pudemos salvar”, concluiu.
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