Vídeo mostra momento em que jovem é assassinado após marcar encontro por aplicativo de relacionamento gay em SP

A ação dos criminosos durou dois minutos

Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Leonardo Rodrigues Nunes foi assassinado após marcar um encontro por meio de um aplicativo de relacionamento gay, em 12 de junho, na região do Sacomã, Zona Sul de São Paulo. O vídeo foi obtido e publicado pelo portal g1.

A ação dos criminosos durou dois minutos. Leonardo chegou em um carro de motorista de aplicativo e esperava o suposto encontro no final da rua, onde não havia iluminação pública. Os dois suspeitos apareceram em uma moto às 23h36 e anunciaram o assalto. A vítima reagiu e a ação ocorreu no canto direito da câmera.

Após cerca de um minuto e 20 segundos, Leonardo correu pela rua e foi perseguido por um dos assaltantes, que vestia um capacete. O suspeito atirou duas vezes contra o jovem. Em seguida, o criminoso ainda se aproximou e apontou o revólver mais uma vez para a vítima, que estava caída no chão. O suspeito fugiu enquanto Leonardo ficou ferido no chão.

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Leonardo foi levado para o pronto-socorro do Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos. Ele era natural de Minas Gerais e vivia na região central da capital paulista.

Segundo a delegada Ivalda Aleixo, do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Paulo, não existe indício de motivação homofóbica no assassinato de Leonardo. A principal hipótese das autoridades é de uma emboscada tenha sido criada com o intuito assaltar Leonardo, o chamado “golpe do amor”.  O caso é investigado pela Polícia Civil.

De acordo com o boletim de ocorrência, Leonardo saiu de casa, no bairro do Cambuci, por volta das 23h de quarta (12), Dia dos Namorados. O encontro, marcado pelo Hornet, aplicativo voltado ao público LGBTQIA+, seria na Vila Natália. Como precaução, ele chegou a compartilhar sua localização com um amigo e informou que se não retornasse até às 2h, a polícia poderia ser acionada. O amigo registrou o caso no DHPP.

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Ele recebeu a informação de que a localização do celular de Leonardo mostrava que o aparelho estava na favela de Heliópolis. Pouco depois, os amigos ficaram sabendo de uma pessoa que foi internada após ser baleada em um hospital no Ipiranga. Eles reconheceram o corpo da vítima por meio de fotos.

Assim como os amigos de Leonardo, a mãe também acredita que ele foi vítima de homofobia. “Tá doendo demais. Hoje não recebi mensagem dele de bom dia. Tá difícil, a ficha não caiu. Por que meu filho, meu Deus? Por quê?”, lamentou Adriana Rodrigues. “Essa luta, pela comunidade LGBT, agora é minha. Vou fazer de tudo por Justiça”, acrescentou. Clique aqui para saber os detalhes.

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