Vídeo: Pais são obrigados a fazer parto da filha em garagem de prédio no DF: “Senti que tinha alguma coisa descendo”

O caso aconteceu no dia 17 de outubro, e foi capturado por câmeras de segurança

Neste domingo (22), o “Fantástico” contou a história surpreendente de Daiana Espindola e Artur Fonseca, um casal que fez o parto da filha, Júlia, na garagem de casa. O momento surpreendente em que Daiana deu à luz, de pé e com a ajuda do marido, foi flagrado pelas câmeras de segurança do prédio.

Segundo o dominical da TV Globo, o caso aconteceu no dia 17 de outubro. Por volta das 22h, Daiana começou a sentir as dores das contrações, que segundo ela eram muito intensas. Preocupado, Artur entrou em contato com a doula e a obstetra da esposa, sendo aconselhado a levar a mulher para o hospital.

“O que me deixou muito apreensivo era essa questão que a gente mora no 15º andar e lá pra baixo ia demorar muito”, recordou Fonseca. “Meu marido começou a contar o tempo das contrações e mandou mensagem para a doula e pra médica. (…) Eu falei assim: ‘Não, não é possível que já esteja na hora de ir para o hospital’. Mas ainda falei: ‘Não, como elas são experientes, elas sabem, eu vou seguir a recomendação'”, contou Daiana.

“A gente se arrumou, foi em direção ao elevador e eu só um pouco apreensivo, porque quando chegassem as contrações, a Dai ia sentir muita dor e tal”, revelou Artur. “A gente só queria que fosse rápido e aí parou o elevador e entrou uma pessoa. Na hora, eu falei assim: ‘Meu Deus do céu’. Eu nem consegui olhar quem era, eu só fechava o olho, me concentrando mesmo na contração que eu estava sentindo”, detalhou a mãe.

No vídeo, é possível ver o casal tenso, enquanto Daiana, com dor, chora e se segura na barra do elevador. Artur, por sua vez, tenta massagear as costas da esposa. Entretanto, a correria de nada adiantou, já que, ao chegarem na garagem e saírem do elevador, Júlia decidiu vir ao mundo.

O casal não teve tempo de chegar ao hospital. (Foto: Reprodução/TV Globo)

“Quando a gente desceu do elevador e chegou na garagem, eu dei uns três passinhos e comecei a sentir que tinha alguma coisa descendo”, relatou Daiana. “Voltei e quando eu vi, estava a bolsa do lado de fora [do corpo de Daiana] e um pedacinho da cabeça dela por dentro”, disse o pai. “Ele viu a bolsa saindo com a cabecinha do bebê. Ou seja, a bolsa não tinha estourado ainda”, contou a grávida.

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De pé e apoiada pelo marido, Daiana deu à luz na garagem do prédio, com a pequena Júlia vindo ao mundo dentro da bolsa amniótica. “O bebê fica dentro de uma bolsa de água, protegido por uma membrana, e essa membrana rompe. Às vezes ela rompe antes do trabalho de parto, às vezes ela rompe durante o trabalho de parto e às vezes ela rompe na hora que o bebê está nascendo. Em algumas situações em cesariana, a gente consegue retirar o bebê dentro da bolsa, mas em parto normal é um evento raro”, explicou a obstetra Patrícia da Silva.

“Quando eu percebi que a cabeça já estava saindo, eu já mantive ela apoiada na mão e eu sabia que na próxima contração existia a possibilidade dela sair. A Dai se apoiou em mim e aí, quando foi o momento da outra contração, a Júlia saiu. Quando ela saiu, eu consegui segurar ela pela cabeça e com a outra mão segurei o corpo. E depois entreguei pra Dai para valorizar o pele a pele”, explicou Artur. Júlia nasceu com 3,7 quilos e 47,5 centímetros.

A obstetra revelou que o pai agiu corretamente, tendo feito o parto e então protegido a filha com uma toalha para evitar a perda de calor.

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“Quando era para pegar a Júlia, o ideal é que a gente estivesse com uma toalha, uma fralda. Só que foi muito rápido. (…) Ela não chorou. Ela fez só um chorinho”, contou a mãe. Ainda com o cordão umbilical preso, o casal seguiu para o hospital. Daiana, já em casa com a pequena Júlia, rasgou elogios ao marido: “O nascimento de um filho muda o seu olhar pra vida. Você se torna outra pessoa. Ele [Artur] foi o que ele precisava ser. Ele foi o meu parceiro, ele foi o meu amigo, ele foi o meu companheiro. Ele foi a pessoa que me deixou segura para que eu pudesse vivenciar esse momento”.

O pai, por sua vez, disse que o momento será inesquecível. “A sensação é de que a gente esperou nove meses por esse momento e agora é o momento de eu vê-la nos meus braços. Saber que ela veio nas minhas mãos é algo muito significativo pra mim, vou levar para a vida toda essa emoção, é muito bom, muito gratificante”, finalizou. Clique aqui para assistir à reportagem completa.

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