Uma situação polêmica em uma escola bilíngue no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, gerou indignação entre pais. Em maio deste ano, um menino de cinco anos foi amarrado à cadeira com fita adesiva por sua professora, após insistir em levantar durante a aula. O episódio foi registrado pelas câmeras de segurança da sala e a gravação causou revolta à família da criança.
Segundo Amanda Bispo de Souza, mãe do aluno, a escola tratou o caso de forma insatisfatória, aplicando uma advertência verbal à professora. “A coordenadora me mostrou a imagem no celular dela… A minha sogra, como advogada, ela pediu uma reparação da escola. A escola simplesmente mandou uma ata da reunião, dizendo que conversou e ela deu uma advertência verbal à professora. Somente isso”, relatou Amanda à uma reportagem do SBT desta terça-feira (24).
Segundo a emissora, a professora, que justificou a ação como uma “brincadeira infeliz”, continua lecionando na unidade. Para a mãe, a escola deveria ter afastado a profissional, já que o incidente deixou marcas emocionais no filho. “O mínimo que a escola poderia fazer era afastar a professora, até porque o meu filho não tinha noção da gravidade. Ele falou que ficou chateado, triste, porque só ele foi amarrado e os amiguinhos riram dele. Eu não sentia mais segurança de entregar meu filho a essa profissional, que era a professora regente dele”, desabafou a mãe.
O menino chegou a continuar frequentando a escola, contudo, pediu para sair após o episódio. Hoje ele recebe acompanhamento terapêutico. Diante da falta de uma resposta mais rigorosa por parte do colégio, os pais decidiram entrar com uma ação por danos morais, pedindo uma indenização de R$ 72 mil. “Ela mesma, a professora, chegou para mim e falou: ‘Ah, mãe, mas ele disse que me amava no dia seguinte’, e eu falei: ‘Lógico, ele só tem cinco anos'”, continuou.
Além da ação judicial, o caso também está sendo investigado pela Polícia Civil. Amanda, apesar de lamentar o ocorrido, destacou a resiliência do filho e a importância de um ambiente escolar seguro. “Respeito, paciência. Eu sei que lidar com crianças não é fácil, né? Eu tenho um filho de cinco anos. Eu sei que ele está no momento de querer conhecer, de levantar muito. Foi o que aconteceu. E ele, na cabecinha dele, ele falou assim: ‘Mamãe, não se preocupe não, eu consegui me salvar. Meus amigos me ajudaram a me salvar também. Não precisa ficar triste, não'”, finalizou a mãe emocionada.
Veja o vídeo e a entrevista completa:
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