Vítima de anestesista preso fica em choque ao ver cena, e médico detalha crimes

Andres Eduardo Onate Carrillo foi preso na manhã desta segunda-feira (16) no Rio de Janeiro

Em depoimento para o RJ1, uma das vítimas de Andres Eduardo Onate Carrillo relembrou o momento que descobriu o abuso do médico. O anestesista foi preso nesta segunda-feira (16), acusado de estuprar, ao menos, três pacientes enquanto elas estavam sedadas.

A mulher foi chamada pela Polícia Civil depois de ser identificada em um dos vídeos produzidos pelo colombiano. “Na hora que o policial me chamou, eu achei que era um golpe, não era possível. Sabe quando parece que você está vivendo um pesadelo? Ele perguntou: ‘Você quer ver a cena?’. Eu falei que sim, para ter certeza do que aconteceu comigo. Ele falou assim: ‘Eu vou te mostrar só uma cena’. E era eu na cena“, recordou.

A moça foi identificada como uma das vítimas de três abusos gravados por Carrillo. Em seu celular, foram achados ainda mais de 20 mil arquivos de abuso infantil. “Ele estudou para quê? Para ser bicho, para ser monstro? Ou ele estudou para ser médico? Porque para mim um homem desses não é médico, não. Para mim, uma pessoa dessas é um monstro“, afirmou a vítima, que não teve o nome divulgado.

Ela sofreu o abuso durante uma cirurgia para retirada do útero feita em fevereiro de 2021 no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, administrado pela UFRJ. Durante a entrevista, a paciente comentou que seus familiares estranharam a forte sedação que ela recebeu. “Eu lembro que minha filha ficava fazendo perguntas. ‘Por que a minha mãe está assim?’ Aí, o doutor falou: ‘tem um tipo de cirurgia que a gente tem que dar um pouco mais de anestesia porque é prolongada, foi a cirurgia da tua mãe‘”, pontuou. A vítima contou que ficou mais de duas horas desacordada depois do procedimento. Veja o depoimento:

Andres Eduardo Oñate Carrillo foi preso nesta segunda-feira (16) por estuprar, pelo menos, três pacientes que estavam sedadas. Segundo o g1, o colombiano foi detido pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) com uma ordem de prisão temporária. Além do estupro de vulnerável, ele ainda é investigado por produzir e armazenar pornografia infantil.

Médico confessa crimes

De acordo com a polícia, foram achados mais de 20 mil arquivos de abuso infantil no celular de Andres. “É um arquivo extremamente violento, em grande quantidade. Podiam ser vistos bebês de colo, de menos de 1 ano, sendo abusados sexualmente, sendo obrigado a participar de sexo com adultos. Algo que chocou até mesmo agentes mais experientes”,  informou Luiz Henrique Marques, delegado do Dcav. Para as autoridades, Carrillo negou que tenha estuprado menores, “mas satisfazia sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto de meninas“.

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Segundo o g1, o colombiano confessou e deu detalhes de seus crimes para a polícia. Ele contou que esperava o “melhor momento” para abusar das pacientes. Em seguida, ainda informou que agia sozinho para aproveitar para “esfregar seu pênis nas pacientes“.

Médico anestesista foi preso em sua casa no Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução / Instagram)

O criminoso ainda deu detalhes sobre um dos estupros gravados, que aconteceu em dezembro de 2020 em um hospital em Saquarema. “No caso do Hospital dos Lagos, não era o anestesista responsável, mas é comum que os médicos tenham acesso às pacientes no momento da pré e pós cirurgia“, diz um trecho do relatório da polícia divulgado pelo site. Ele também afirmou que “não se recorda do momento exato, mas deletou os arquivos de pornografia que estavam na sua posse com receio de ser preso“. Agora, os dispositivos de Carrillo serão periciados em busca de materiais apagados. Os agentes esperam encontrar mais provas e outras vítimas do médico.

As investigações contra Carrillo começaram no início de dezembro de 2022, em uma força tarefa que uniu o Dcav, a inteligência da Polícia Civil e o Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal. Na ocasião, depois de identificar o médico como possível detentor de conteúdo pornográfico ilegal, a PF encaminhou o nome de Andres para a Polícia Civil.

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