Neste sábado (31), novos detalhes sobre o suspeito de matar quatro estudantes da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos, vieram à tona. Segundo informações do The New York Times, Bryan Christopher Kohberger, de 28 anos, teria apresentado um “comportamento suspeito” depois que o crime veio à tona, em novembro.
Em conversa com o veículo, B.K. Norton, um colega de classe do rapaz, revelou que Bryan parecia “estar de bom humor” e mais “animado” na aula depois de supostamente “fazer seu trabalho sujo”. Na época do crime, o suspeito do assassinato cursava um doutorado em Criminologia e estava matriculado no programa de pós-graduação da Washington State University. Ele havia se formado recentemente na DeSales University, na Pensilvânia, em Justiça Criminal.
B.K. contou ao Times que ele e Kohberger faziam a pós-graduação na WSU juntos. Durante o convívio, não demorou para que o aluno notasse alguns sinais preocupantes no comportamento de Kohberger. As atitudes, segundo Norton, não eram óbvias no início do semestre, mas se tornaram mais claras uma vez que os assassinatos brutais vieram à tona.
“[Bryan] parecia mais otimista e disposto a conversar”, escreveu o jovem em um e-mail ao jornal nova-iorquino, acrescentando que Kohberger tinha um grande interesse em psicologia forense.
Ao contrário do comportamento simpático, Kohberger era normalmente “quieto, mas intenso”, o que incomodava as pessoas ao seu redor, segundo Norton. O aluno afirmou, também, que o suspeito fazia alguns comentários que deixavam claro seu posicionamento anti-LGBTQ. “Ele meio que assustava as pessoas porque olhava e não falava muito, mas quando o fazia era muito inteligente e precisava que todos soubessem que ele era inteligente”, explicou B.K.
Kohberger foi preso na sexta-feira (30) no condado de Monroe, ao norte da Pensilvânia, depois que uma equipe da SWAT do FBI invadiu a casa onde ele estava hospedado. Em coletiva de imprensa, as autoridades informaram que uma queixa criminal com quatro acusações de assassinato em primeiro grau e outra de roubo foi registrada contra Bryan.
As autoridades não divulgaram o motivo por trás do assassinato, mas as investigações em torno do suspeito começaram quando a polícia descobriu que ele era o dono do Hyundai Elantra branco visto nos arredores da cena do crime. Além disso, o DNA de Kohberger era compatível com o material genético recolhido na área externa da casa onde os jovens Kaylee Gonclaves, Maddie Mogen, Xana Kernodle e Ethan Chapin foram brutalmente esfaqueados até a morte, em 13 de novembro. Todas as quatro vítimas eram estudantes da Universidade de Idaho.
Kohlberger está atualmente detido, sem direito à fiança, na Pensilvânia. O suspeito está aguardando extradição de volta para Idaho e tem uma audiência marcada para a próxima terça-feira (3).
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