O brasileiro Samuel Henrique, mais conhecido como Samuka, foi ovacionado durante sua participação na competição “America’s Got Talent“. O jovem, que teve a perna amputada aos 14 anos, emocionou com sua história de superação e surpreendeu ao dançar break com apenas uma perna.
Na performance, divulgada ontem (11) pelo perfil da competição, Samuka revelou que deixou o Recanto das Emas, no Distrito Federal, para morar em Calais, na França. Ele contou teve a perna direita amputada em decorrência de um câncer. “Felizmente, depois disso, eu conheci a dança e isso mudou a minha vida. Por isso estou aqui”, declarou ele, arrancando gritos da plateia.
Hoje, o rapaz dança break e tem como sonho ajudar outras pessoas que lutam contra o câncer e também comprar uma casa para a mãe. No palco, Samuel mostrou sua habilidade e talento e, ao fim da apresentação, foi ovacionado pelos jurados e pelo público eufórico.
Sofia Vergara, que integra o painel da competição, não poupou elogios ao brasileiro: “Dança é minha parte favorita no ‘America’s Got Talent’ e você não me desapontou. A sua foi uma das melhores performances que já vi”.
Simon Cowell, por sua vez, declarou: “Vou te dizer, todo o Brasil e o mundo inteiro estão assistindo a isso e aplaudindo você. Às vezes eu quero dar [nota] 10, às vezes 11, mas você é um 12. Você é uma verdadeira inspiração”. Assista abaixo:
— America’s Got Talent (@AGT) June 12, 2024
Pelo talento, Samuka recebeu um estrondoso “sim” de Howie Mandel, Heidi Klum, Vergara e Cowell, o que levou o rapaz para a próxima etapa do programa.
Salvo pela dança
Samuka participou, em 2020, do longa “Dançarina Imperfeita”, da Netflix. Porém, antes disso, o rapaz enfrentou muitos desafios. Aos 10 anos, o ceilandense descobriu um câncer no fémur.
“A doença foi descoberta no pior dos cenários. Meu pai havia falecido em um acidente de trânsito há pouquíssimo tempo e, na mesma época, meu irmão caçula foi diagnosticado com insuficiência renal”, lembrou ele, em entrevista ao Metrópoles, há 4 anos.
Samuel passou por tratamentos, mas acabou perdendo a perna direita. Foi devido à ajuda da mãe, Edilene da Silveira, e o amor pela dança que ele escapou da depressão. “Perder a perna direita quatro anos depois da descoberta do câncer e naquela situação em que a minha família se encontrava me afetou drasticamente. Foi a minha rocha [maneira como se refere à mãe] e o incentivo dos meus amigos para entrar no breakdance [estilo de dança mais popular do hip-hop] que me salvaram”, contou ele.
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