A australiana Britnee Chamberlain recebeu muitas críticas nas redes sociais, após exibir a sua enorme tatuagem com o rosto do serial killer Jeffrey Dahmer. Apesar de ter sido perseguida online, a jovem, de 28 anos, declarou que não se arrepende do desenho. Ao Daily Star, ela explicou que não apoia o assassino, e revelou o real motivo por trás da tatuagem.
Nesta terça-feira (27), em seu perfil no Instagram, a australiana de Sydney, que é fascinada por assassinos em série, defendeu a liberdade de expressão. “Espero que você saiba que não precisa explicar suas escolhas para ninguém. Espero que você saiba que as pessoas raramente entenderão por que você faz as coisas que faz, porque elas nunca estiveram no seu lugar. Em termos leigos, ter a liberdade de ser quem você é”, escreveu a mulher. Por conta da repercussão negativa, a jovem precisou até bloquear o perfil na plataforma.
A tatuagem de Britnee mostra o rosto de Jeffrey Dahmer, acompanhado da frase: “Se você não pode vencê-los, pode comê-los”, que faz referência ao canibal de Milwaukee. O assassino foi responsável por matar 17 homens e meninos, entre os anos de 1978 e 1991. Na maioria dos crimes, o serial killer atraía as vítimas até sua casa, antes de serem mortas e terem os corpos desmembrados. Em alguns casos, Dahmer destruía até os ossos.
Em entrevista ao Daily Star, no entanto, a mulher disse que não concorda com as práticas do canibal, e explicou o seu ponto de vista. “Isso não quer dizer que eu imagino as coisas da maneira que ele fez. Mas, metaforicamente falando, é sobre não se sentir perseguida e derrotada pelos outros, não importa o quão difícil sejam as coisas para você”, declarou Chamberlain.
Além de Dahmer, a australiana também tem o rosto do serial killer norte-americano Ted Bundy, que matou 30 mulheres, tatuado na perna. Britnee reafirmou, no entanto, que não apoia os assassinos em massa: “Eu não tolero os crimes hostis de serial killers de qualquer maneira. Estou simplesmente intrigada sobre por que eles fazem isso. Há tantos fatores contribuintes, como sócio-ambientais, biológicos e psicológicos que incentivam ou resultam em uma atuação criminosa da maneira como eles fazem”.
“E é justo dizer que nem todos eles são coerentes ou sãos o suficiente para perceber que isso não é um senso de normalidade na sociedade. Eles não recebem vozes ou saídas para falar, pedir ajuda ou apoio antes que seja tarde demais. A maneira como eu projetei a tatuagem é para dissuadir a glorificação para a expressão artística”, continuou a jovem que, segundo o Daily Star, é estudante de psicologia.
“Milhares de pessoas a cada ano tatuam personagens fictícios como Hannibal e Freddy Kreuger. Eles são todos assassinos em série, mas esse retrato é aceito, por não ser real”, concluiu Chamberlain. A australiana gastou mais de gastou mais de £1,5 mil nas polêmicas tatuagens, o equivalente a aproximadamente R$ 8 mil. Os parentes da jovem ficaram “inicialmente surpresos” quando ela as revelou pela primeira vez, mas não julgaram a decisão.
A polêmica em torno das tatuagens de Britnee surgiu após a estreia da série da Netflix “Dahmer: Um Canibal Americano“, que aconteceu na última quarta-feira (21). A produção já se tornou um dos conteúdos mais vistos da plataforma de streaming desde então. Jeffrey Dahmer passou três anos preso, antes de ser espancado até a morte por outro detento, em 1994.
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