Carla Diaz se abriu sobre a vida sexual no episódio desta terça-feira (12), do podcast “DiazOn”. A atriz recebeu a sexóloga Laura Muller, conhecida também por participar do “Altas Horas“, e revelou já ter chorado algumas vezes após atingir o orgasmo. Ao entregar o detalhe curioso, ela quis saber se era algo comum.
“É normal chorar no orgasmo? Porque isso já aconteceu comigo mais de uma vez. E a primeira eu me assustei um pouco, fiquei meio em choque na hora. Eu [questionei] o porquê disso e aí eu fui pesquisar, mas queria que você explicasse”, pediu Carla. Laura respondeu que sim, uma vez que o orgasmo é uma descarga emocional extrema, provocando diferentes reações nas pessoas.
“É uma emoção muito forte. O orgasmo é a descarga de uma tensão sexual, que a gente vai acumulando essa tensão, que é a excitação, e na hora que dá essa descarga, é como se destampasse alguma coisa. Então é uma descarga emocional também. Não necessariamente é um choro de tristeza. E pode ser uma emoção que acompanha aquele momento tão de ápice. É muito bacana, né?”, explicou a sexóloga.
“Não, é [um choro] de muita alegria”, brincou Diaz. “Realmente. Foi uma experiência bem diferente que eu vivi e aconteceu também algumas outras vezes, mas queria entender e compartilhar. Porque depois [que aconteceu comigo] fui conversar com amigas e pesquisar e nem todo mundo sabia que pode acontecer”, acrescentou ela. Assista:
Carla Diaz revela já ter chorado após atingir o orgasmo pic.twitter.com/eatbHu5HmW
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) December 13, 2023
Na sequência, Muller pontuou que a falta de informação sobre educação sexual faz com que as pessoas pensem que o sexo precisa seguir um roteiro. “Na verdade, por conta de ter tido pouca informação no passado, agora que falamos mais abertamente… A gente fica achando que o sexo vai rolar conforme o script, e que vai ser aquilo ali e pronto”, observou.
“Você acha que isso tem a ver com a pornografia?”, quis saber a atriz. “Não necessariamente. Talvez sim. No roteiro, sim. As vezes a gente tem o homem muito preocupado: ‘Ah, eu não tenho aquele pênis enorme igual no filme pornô. Eu não ejaculo lá longe, como no filme pornô’. Ou a mulher não tem o orgasmo que ela vê. Foram os filmes que trouxeram pra gente a ejaculação feminina, porque antes não se falava disso”, apontou.
Laura acrescentou que existe uma diferença entre o que é exibido nos filmes e a realidade. “A gente explica que o orgasmo feminino não precisa soltar líquido nenhum. Algumas mulheres têm essa característica de liberar o líquido lubrificante maior ou até sair um jatinho mesmo, mas não é com todo mundo. O comum do orgasmo feminino é simplesmente esse ápice de prazer”, esclareceu.
A convidada citou ainda outras situações que as pessoas se comparam com a produção pornográfica. “Já respondendo a outras perguntas, o homem não precisa ter um pênis enorme para dar prazer para quem está com ele, nem para si. Porque não são as medidas do órgão que vão definir o prazer, é o encaixe e envolvimento do casal”, reforçou.
“Então, aquela ejaculação na parede, o sexo que não acaba nunca é coisa de filme. Tem edição. A gente, no nosso mundo privado, não tem edição. O sexo, as vezes, vai acontecer com tropeços. Tem que sair desse universo de que tudo vai ser perfeito. Juntando com a ideia do chorar depois… É inusitado? Pode ser, pode acontecer. Você pode chorar, gargalhar. Não vai ser aquela coisa como em um filme”, concluiu Laura.
Assista ao episódio completo: