Claudia Ohana se abriu sobre a vida sexual no “Surubauam” desta quarta-feira (18). A atriz fez uma crítica ao etarismo e apontou que, mesmo aos 62 anos, pode ser ativa sexualmente. Ela ainda refletiu sobre como a menopausa afeta a vida da mulher e revelou que mantém uma amizade colorida.
No papo com Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, Claudia afirmou que a idade não interfere no prazer feminino. “Quando eu fiz 60 anos, o que mais me perguntavam nas entrevistas era: ‘Você vai se aposentar?’. ‘Você faz sexo aos 60 anos?’. Eu falei: ‘Caramba, então marcou 60 anos, acabou’. Pra mulher é duro bem antes, porque para de ovular, já não é mais fértil”, destacou.
“Então, tem que lutar contra o etarismo, porque as mulheres hoje em dia estão maravilhosas, felizes, e querem espaço na sociedade. Trabalhando, amando, fazendo sexo, vivendo e arrumando novos amigos. Muito essa mulher moderna”, acrescentou.
A atriz recebeu o apoio de Giovanna, que salientou como as mulheres são mais cobradas pela estética. Enquanto o envelhecimento do homem é visto como “charmoso”. “A gente tem que estar sempre com a pele maravilhosa. A rugas de vocês são incríveis, um charme. A nossa é sinal de velhice, decadência. Então é pesado pra mulher”, endossou a ruiva.

A libido feminina também foi um ponto de discussão durante o programa. “Pra mulher ainda tem o fator menopausa, que baixa a libido, dá uma acalmada. O que, às vezes, é bom. Se não você só fica focada naquilo. A perda da libido não é só sexual, é o tesão da vida, do acordar bem e vontade de [fazer tudo]. Então isso é muito importante, se não você vai ficando deprimido”, observou Ohana.
Na sequência, a artista foi pega de surpresa ao ser questionada se está se envolvendo com alguém. “Eu estou sem poder definir. Eu falo que tenho uma amizade colorida, coisa de época. Eu gosto, sou aquariana”, falou. Ela também entregou que já se relacionou com alguém sabendo que o romance tinha data de validade. “Você embarca até ali, no porto, e depois desembarca”, brincou.
Primeira vez
Conhecida como um símbolo sexual, Claudia Ohana disse que era muito recatada antes de ter a primeira relação sexual, aos 15 anos. No entanto, a situação mudou com a morte da mãe dela, Nazareth Ohana, em 1978.
“[A minha primeira vez] foi com uma pessoa muito querida. Mas assim, eu era muito virgem. Sabe aquela pessoa pudica? Eu brincava de boneca aos 15 anos, eu tinha medo de sexo. A minha irmã era p*rra louca eu tinha uma mãe muito doida em casa. Então eu era a única contida, super virgem, não deixava nem passar a mão em mim”, recordou.
“Mas quando minha mãe morreu e fui morar sozinha, tive que mudar tudo, crescer e amadurecer. Surgiram namorados, muito mais velhos, porque comecei a andar com um pessoal de cinema, pessoas mais velhas. O sexo entrou na minha vida para preencher a solidão. A sexualidade mesmo [despertou] aos 15 anos. Nunca fiz pegação quando era garota, ou curiosidade. Eu era mega virgem, e depois virei mega louca. Eu era Maria Cláudia, e virei Cláudia Ohana”, completou Ohana.
Playboy polêmica
A artista também falou sobre ensaio fotográfico que fez para a revista Playboy, em 1985. “Pegaram minha foto, fizeram Photoshop, e botaram uma coisa muito cabeluda lá. Mas não era assim”, disse ela, aos risos, referindo-se aos pelos pubianos. “Não é possível que era aquilo tudo, como deixaram [crescer] aquilo”, brincou.
Ohana, então, reagiu às críticas por não ter se depilado para fazer as fotos.“Minha Playboy não foi um escândalo na época. Ninguém achava um absurdo não se depilar. Era uma coisa normal. Eu me lembro que estava casa com o Rui Guerra e ele disse: ‘Acho que você é muito peluda nos braços, Cláudia, vamos raspar’. Lá [na parte íntima], não, mas nos braços… Foi ele que raspou”, revelou.

Claudia ainda opinou sobre as comparações que faziam dela com Sônia Braga. “Me comparavam com a Sônia Braga, que para mim era um mito, um símbolo sexual. Mas começaram a falar muito de mim como esse símbolo, o que me irritava profundamente. Porque você quer ser outras coisas: uma grande atriz, respeitada, quer que as pessoas te admirem”, pontuou.
Para Cláudia, todavia, as fotos nua não foram um problema. “A nudez sempre foi muito natural para mim, porque cresci com uma mãe muito doida. A gente passava fins de semanas com vários atores, nossos colegas, eu era menor de idade, e todo mundo tomava banho de cachoeira nu, na praia nu. Nunca foi tabu, nenhum problema”, explicou.
Assista ao programa completo:
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