A primeira edição do Campeonato Europeu de Sexo não terminou da forma esperada para os participantes. O torneio começou na semana passada e deveria durar seis semanas, mas foi encerrado antes do tempo devido à desistência de vários concorrentes.
Segundo uma declaração divulgada pelo The Daily Star nesta quinta-feira (15), a organização levou cerca de 20 atores de filmes eróticos para um local não revelado em Gotemburgo, na Suécia, com a promessa de pagar diárias de €800 (R$4,3 mil) para as mulheres e €400 (R$2,1 mil) para os homens. O grande vencedor ainda levaria a bagatela de €1 milhão (R$5,3 milhões) para casa.
Os participantes do campeonato precisavam fazer 45 minutos de sexo todos os dias e seriam avaliados em 16 categorias. Os “desafios” incluíam habilidades em sedução e massagem, proficiência em atos sexuais, a aparência dos órgãos sexuais, quantas vezes eles chegavam ao orgasmo e a “criatividade” na criação de uma pose sedutora.
“A situação saiu do controle. É o caos. Mais do que isso: virou um filme de terror”, disse Selva Lapiedra, representante da Espanha, ao portal europeu Marca. Apesar das notícias de que as autoridades escandinavas haviam reconhecido o evento como um esporte oficial, eles esclareceram que rejeitaram o pedido do organizador para a realização da competição. Dragan Bratic, dono de vários clubes de strip-tease na área de Jönköping, na Suécia, criou o torneio para que fosse transmitido ao vivo pela internet para espectadores pagantes.
“Fiquei sabendo que as pessoas estavam saindo devido a reclamações de que não estavam sendo pagas, então decidi desistir”, disse a britânica Lara Lee, que desistiu poucos dias antes de entrar no jogo. “É triste porque foi uma ótima ideia, mas parece que foi tão mal organizado e acabou um pouco confuso”, continuou a atriz.
A participante da Ucrânia, Talia Mint, postou um vídeo da casa antes de abandonar o programa, dizendo que ela e os outros artistas estavam entusiasmados por fazer parte do projeto. No entanto, a jovem de 24 anos lamentou que Bratic teria tentado pegar seu celular à força quando ela anunciou a desistência. A europeia ainda afirmou que um competidor foi autorizado a entrar na casa sem fazer o teste de HIV.
“Ele se recusa a me pagar pelo meu tempo na casa e meu trabalho. Agora que vocês têm todas as informações sobre este projeto, quero receber uma compensação”, disse Mint. Ela narrou que a polícia foi chamada, mas não conseguiu entrar na propriedade porque não tinha um mandado. Agora, a ucraniana afirmou que está entrando com uma ação legal contra Bratic e a Federação Sueca de Sexo.
Mais tarde, o dono do campeonato rebateu as acusações e detonou os artistas que saíram. “Eles ignoraram as regras da competição e da Federação Sueca do Sexo e se comportaram de maneira não profissional e em detrimento da federação. Eles até trouxeram álcool para casa e não agiram como esportistas. Nossos advogados estão trabalhando no caso contra cada um deles”, afirmou Bratic em um comunicado ao Daily Star.
Já os ex-competidores também resolveram se posicionar e gravaram um longo depoimento relatando os problemas que enfrentaram nos bastidores. “Estão dizendo que somos alcoólatras, drogados, e ninguém levou nada disso para lá. Foi uma ideia de projeto boa, mas não souberam colocar em prática. Estamos decepcionados”, disse Selva Lapiedra, concorrente brasileira que foi à competição representar a Espanha.
O grupo também denunciou que não havia água quente corrente, o que “impedia a higiene básica”, e que os quartos de dormir eram “inadequados” porque não possuíam cortinas ou persianas”. Assista:
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