Gato surge em entrevista de Vini Jr, é retirado e vídeo divide opiniões; jornalista revela desfecho do animal — assista

A cena inusitada ocorreu durante uma coletiva de imprensa da seleção brasileira no Catar

Gato Coletiva Selecao

Uma cena pra lá de inusitada aconteceu nesta quarta-feira (7), nos bastidores da Copa do Mundo do Catar. Um gato simplesmente surgiu durante uma coletiva da seleção brasileira, enquanto Vinícius Júnior falava com a imprensa. No entanto, o que chamou atenção foi a forma como assessor de imprensa da CBF tirou o bichinho de cima da bancada. O gesto logo viralizou e dividiu opiniões na web.

Depois de rodear a sala de imprensa, o gato subiu na mesa e ficou próximo ao craque brasileiro. As imagens do momento curioso registraram como o animal chegou a aceitar algumas carícias, enquanto era possível ouvir pessoas falando: “Deixa ele aí”. Contudo, o assessor Vinicius Rodrigues logo tomou uma atitude e tirou o bichano dali. O próprio Vini Jr ficou surpreso com a cena, interrompeu sua resposta e acabou rindo do ocorrido. Assista ao vídeo:

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O momento repercutiu muito nas redes sociais. O ator Nicolas Prattes foi um dos que criticaram os manejos com o gato. “O cara perdeu a oportunidade de dar uma importante entrevista apenas fazendo carinho em um gato, que JÁ TINHA aceitado o carinho. Que loucura, que loucura. Seria demais, pro gato, pro cara, pras imagens que seriam bonitas. Que a repulsa ao afeto, não deixe o mundo mais doente”, escreveu ele no Twitter. O delegado Bruno Lima, deputado federal eleito, também repudiou a cena: “Qual a necessidade disso? Durante a coletiva de Vini Jr, um gato subiu na mesa onde estavam os microfones e foi retirado do local de forma inadequada, sendo arremessado sem nenhum tipo de cuidado ou preocupação. Os animais não são objetos”.

Luisa Mell, influencer e ativista dos animais, lamentou a cena e mostrou preocupação com o impacto dessas imagens. “A atitude, além de desnecessária, um péssimo exemplo de respeito aos animais. Lembrando que milhões de pessoas acompanham nossa seleção. Sabemos do poder de influência do futebol em nosso país. Gatos já são animais vítimas de incontáveis maus tratos no Brasil. Certamente, uma atitude como esta acaba servindo de exemplo para crianças e adultos tratarem animais, em especial gatos desta maneira”, disse ela, que ainda expôs a opinião de uma veterinária pontuando que o gesto – puxando o animal pela pele do dorso – seria uma “falta de sensibilidade com o felino”.

Veja mais reações abaixo:

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https://twitter.com/jonasdiandrade/status/1600619493834866689?s=46&t=1T5TPwo-KCRR5MdxwCMCcw

Conselho de Medicina Veterinária de São Paulo se manifesta

Diante da repercussão, o assessor da CBF foi alvo de muitas críticas. Contudo, na tarde de hoje, Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) afirmou que sua atitude não teria configurado maus-tratos ao gato. Procurado pelo UOL Esporte, o órgão avaliou que não teria ocorrido uma postura incorreta da parte dele na situação.

“Em análise apenas da cena exposta no vídeo do link enviado, e não havendo mais informações sobre o caso e o histórico do animal, não foi constatado qualquer elemento que possa ser caracterizado como maus-tratos”, iniciou o comunicado. “A cena retratada traz um manejo comum tratando-se de um felino de origem e comportamento desconhecido, tendo o assessor de imprensa da CBF acariciado o animal para ganhar confiança e não sofrer arranhaduras e mordeduras, e na sequência segurado o animal pelo dorso”, encerrou o CRMV-SP.

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Gato é apelidado de Hexa

O jornalista Ricardo Magatti, que presenciou a cena, revelou o desfecho do bichano. Segundo ele, o gato “invasor” não foi embora e ficou entre os membros da imprensa, ganhando até mesmo um apelido: Hexa! “O gatinho continua aqui na sala de imprensa. Ele foi apelidado de ‘Hexa’ pelo pessoal do CT. Tem outros tantos gatos aqui”, escreveu.

O repórter do Estadão também explicou que o bichinho era um entre tantos outros gatos, que são considerados sagrados por lá. “Pra quem interessar possa, estima-se que existam 2 milhões de gatos no Catar, quase a população inteira do país. Eles são considerados figuras sagradas pelo islamismo. No geral, são bem tratados aqui”, disse o Magatti. “Onde estou hospedado e no CT do Brasil, os seguranças e outros funcionários os alimentam, e eu tenho feito o mesmo. O problema aqui é que são poucas as ONGS e o governo não ajuda. Não existem políticas públicas ou um mutirão de castração”, esclareceu.

Que o gatinho Hexa fique bem e que seja um sinal de boa sorte pro Brasil, né?

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