Não, essa não é uma nova versão do filme “Ela“, estrelado por Joaquin Phoenix em 2013. Acontece que um homem ficou de coração partido ao descobrir que a mulher “perfeita” que ele conheceu online era, na verdade, uma criação de inteligência artificial conhecida como “Claudia”. O usuário do Reddit lamentou ter sido vítima de um catfishing.
Tudo começou quando um perfil começou a compartilhar selfies glamourosas frequentemente na plataforma. Em algumas imagens mais ousadas, a webgirl exibia seu corpo e pedia a opinião dos seguidores. Com o sucesso e o crescimento dos admiradores, um repórter do jornal Washington Post decidiu investigar e revelou a verdade sobre a mulher.
Um dos apaixonados de plantão, que preferiu não se identificar, se revoltou com a notícia. “Eu fui enganado. Eu me apaixonei por uma garota online, mas era tinha sido criada por inteligência artificial”, disse o usuário, que frequentemente elogiava como Claudia era “muito sexy” e “perfeita”.
Mais tarde, os criadores da tal “estrela” do Reddit revelaram à Rolling Stone que inventaram o avatar como uma brincadeira para “ver se eles conseguiam enganar as pessoas com imagens de IA”. Eles contaram que resolveram fazer o teste após encontrar uma pessoa que afirmava ganhar US$ 500 (cerca de R$2,5 mil, na cotação atual do dólar) com vítimas de catfishing online.
Para automatizar o processo, os inventores usaram o Stable Diffusion, um programa que gera imagens incrivelmente realistas. A dupla criou Claudia solicitando uma “selfie de uma mulher em sua casa sem maquiagem com cabelo preto, cabelo na altura dos ombros, fundo simples, cabelo liso e franja”.
“Para aqueles que não sabem, vou acabar com sua fantasia”, disse um astuto perfil do site em uma das fotos atrevidas da personagem. “Esta é literalmente uma criação de IA, se você trabalhou com modelos de imagem de IA e fez o seu próprio por tempo suficiente, pode dizer 10.000%”, explicou.
De acordo com a revista, certas comunidades online estão vendendo fotos de mulheres feitas por IA por apenas US$ 5 (cerca de R$25). Curiosamente, os avanços na qualidade da imagem parecem ter tornado a autenticidade um problema entre os consumidores. “A pessoa comum que está olhando para essas coisas, não se importa”, disse um criador de pornografia deepfake anônimo. “[Eles pensam:] Não espero que a pessoa que procuro online seja a pessoa que dizem ser. Não vou conhecer essa pessoa na vida real”, concluiu.