Hugo Gloss

“Os Faria Limers”: Capa de revista sobre região próspera de SP vira piada na web: “Grande pegadinha da sexta-feira 13”; veja as melhores reações!

Foto: Reprodução/Veja SP

A zoeira nunca acaba quando se trata dos brasileiros! Ontem (12), a revista Veja SP divulgou sua nova edição com a matéria de capa sobre “Os Faria Limers”. O texto, que fala sobre o estilo de vida das pessoas que trabalham em uma determinada região da capital paulista, acabou despertando as mais diversas reações dos internautas.

No texto da publicação, eles exploram o lifestyle de quem trabalha nos arredores da avenida Faria Lima, que é tida hoje como um lugar próspero de São Paulo, por reunir diversas empresas bem sucedidas e grandes negócios. Quem trabalha e mora por ali, de acordo com a matéria, acaba tendo uma vida um tanto repleta de luxos e características bem peculiares. Para se ter uma ideia, uma xícara de cafezinho por lá pode custar até R$ 10, academias têm maquiadoras para os alunos e 20% dos patinetes elétricos da cidade se concentram na região para o uso frequente dos ‘faria limers’.

“Lugar com os salários mais altos da cidade, as maiores empresas e o metro quadrado mais disputado, a Avenida Brigadeiro Faria Lima torna-se símbolo de riqueza por causa de um peculiar ‘way of life'”, diz a revista, que ilustrou essas pessoas como indivíduos brancos, usando roupas sociais e um determinado tipo de smartphone.

Como quem perdoa é Deus, a internet caiu matando em cima da matéria. Muitas pessoas ficaram um tanto quanto constrangidas com o tom do texto. “Essa história de faria limers é uma grande pegadinha de sexta-feira 13. Só pode”, escreveu um jovem. “É muito difícil escolher o que desperta mais vergonha alheia nessa capa”, criticou um rapaz.

https://twitter.com/Vitorinovin/status/1205481558993444865

https://twitter.com/esperondo/status/1205466237830074368

https://twitter.com/_mariaedu39/status/1205625611479326722

https://twitter.com/brvnamoreira/status/1205621303736229891

Há quem nunca tinha percebido que o local pertencia a um grupo de pessoas tão específico. “Eu sou uma Faria Limers e estou estarrecida”, brincou um perfil. “Eu trabalho na Faria Lima, isso me faz um Faria Limers?”, questionou um outro internauta. Claro que também teve memes ótimos. “Eu não consigo aceitar que os Faria Limers é a coisa mais próxima que o ‘De Volta para o Futuro’ mostrava”, publicou um terceiro comparando imagens do filme e de pessoas com os patinetes elétricos.

https://twitter.com/nathy_taty/status/1205481735326195712

https://twitter.com/eaialexandre/status/1205478117416062976

https://twitter.com/aaspjr/status/1205620368670629892

https://twitter.com/eusourycaaah/status/1205618393396723712

https://twitter.com/SirenaB12/status/1205623957556224000

Muitas pessoas também colocaram em xeque o quão tóxico poderia ser esse tal estilo de vida. “A fala de um dos entrevistados da matéria dos faria limers é a seguinte: ‘É um dia a dia puxado, temos gastrite, insônia, mas no fim a gente se acostuma’. God me free se acostumar com gastrite, insônia e achar normal uma rotina assim”, analisou uma moça.

Embora os Faria Limers estejam sendo encarados como novidade, aparentemente eles já existem há algum tempo. Um perfil no Instagram identificado como @farialima.elevator se autodeclara como grande precursor das nomenclaturas da região, inclusive tendo cunhado o termo “condado” para se referir à avenida. “O melhor da reportagem da @VEJA é nao citar a página Faria Lima Elevator em nenhum momento, sendo que o conceito de Condado foi criado por essa página”, publicou.

A página, tanto no Instagram quanto no Twitter, brinca com a rotina dessas pessoas, mais precisamente com quem trabalha no mercado financeiro. “Esse monte de turista falando da Faria Lima, mas não sabem diferenciar um put de um call”, escreveu sobre a repercussão dos ‘faria limers’ na web hoje.

O tom da página pode ser bem lembrado como o de Miranda Priesly, interpretada por Meryl Streep, no filme “O Diabo Veste Prada”. “Estagiário chegou todo animado na mesa, SELIC na mínima e agora é a hora de tomar risco! Antes disso, perguntei para ele se sabia a diferença entre o IMA-B 5 e o IDKA 5. Ele não sabia, então mandei voltar a planilhar e estudar o básico do mercado”, falou.

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