Pai de repórter assassinada ao vivo transforma vídeo em NFT e explica motivo da decisão; saiba detalhes

Desde 2015, Andy Parker tenta remover o vídeo da web, mas, segundo ele, os registros continuam surgindo

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Andy Parker, pai de Alison Parker, repórter de TV norte-americana que foi morta a tiros durante uma transmissão ao vivo, decidiu transformar o vídeo do assassinato da filha em NFT — um token não fungível. Segundo o Washington Posto objetivo é reivindicar os direitos autorais do vídeo e banir o conteúdo da internet.

Desde 2015, ano em que o crime ocorreu, Andy tenta excluir os registros e conta com a ajuda de amigos para denunciar os compartilhamentos. De acordo com a publicação, ele já solicitou às autoridades norte-americanas para que empresas como Facebook e YouTube adotem novas estratégias para evitar o envio do vídeo, mas não obteve sucesso.

A decisão de transformar a gravação em NFT para ele “é um ato de desespero e a única escolha que restou”. “Isso é uma ‘Ave Maria'”, disse ele ao veículo. Andy criou o token em dezembro e o advogado Adam Massey afirmou que obter o NFT pode ser um caminho para solicitar os direitos autorais. “Para as vítimas de imagens horríveis distribuídas na internet em geral, infelizmente e de forma inadequada, os direitos autorais acabam sendo uma ferramenta eficaz”, disse.

Alisson foi morta ao lado de seu cinegrafista enquanto fazia uma entrevista ao vivo para o canal WDBJ. O pai da jornalista pediu a emissora a propriedade conjunta de direitos autorais, mas foi negado também. Na ocasião, a empresa liberou uma licença especial que permite que Andy funcione como uma organização sem fins lucrativos para remover as cópias do vídeo.

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No entanto, a tal autorização não permite o pai de Alison de fazer reclamações sobre direitos, o que dificulta a vitória contra as empresas que administram redes sociais. O vídeo do assassinato foi reproduzido milhões de vezes somando Facebook, YouTube, Instagram e outras plataformas.

“A realidade é que o Facebook e o Instagram colocam o ônus sobre as vítimas e suas famílias para fazer o policiamento de conteúdo gráfico – exigindo que eles revivam seus piores momentos repetidamente para conter a proliferação de esses vídeos”, disse Andy. Ao Washington Post, as empresas disseram que removeram milhares de clipes dos assassinatos, mas eles continuam surgindo nas plataformas.

Andy Parker tenta remover o vídeo do assassinato da filha Alison Parker da internet (Foto: Reprodução/Facebook)
Andy Parker tenta remover o vídeo do assassinato da filha Alison Parker da internet (Foto: Reprodução/Facebook)

“Continuamos comprometidos em remover imagens violentas filmadas pelo assassino de Alison Parker e aplicamos rigorosamente nossas políticas usando uma combinação de tecnologia de aprendizado de máquina e revisão humana”, disse o porta-voz do YouTube, Jack Malon, em comunicado.

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Alison Parker e o câmera Adam Ward foram mortos a tiros em enquanto faziam uma entrevista ao vivo em Moneta, na Virgínia. O atirador Vester Lee Flanagan II havia sido demitido do seu cargo de repórter na WDBJ, após uma série de conflitos com a equipe. Após horas de perseguição policial, ele atirou em si mesmo.