Reviravolta! Após 13 anos, polícia aponta novo suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann; saiba os detalhes

Após 13 anos de investigações, a polícia britânica identificou um novo suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann. A menina de três anos de idade sumiu enquanto passava as férias com a família em uma praia portuguesa. Com o novo rumo no caso, a polícia afirma que tem uma “linha significativa de investigação”.

Madeleine desapareceu no dia 3 de maio de 2007, enquanto dormia no quarto de hotel que a família havia alugado naquelas férias. O caso tomou grandes proporções após a cobertura da mídia, mas a menina nunca foi encontrada, e ninguém foi acusado de seu desaparecimento.

De acordo com o The Guardian, o novo suspeito da polícia trata-se de um homem alemão, atualmente preso na Alemanha por um “assunto não relacionado”, segundo a Polícia Metropolitana inglesa. Apesar dele não ter sido identificado para a imprensa, oficiais o descreveram como um “homem branco de 43 anos”. Ele teria o cabelo loiro e curto, cerca de 1,80 m de altura, e morou periodicamente na região sul de Algarve, em Portugal, durante os anos 1993 e 2007, quando Madeleine desapareceu. Na época, ele tinha 30 anos, mas a polícia afirma que “poderia aparentar ter 25”.

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“Ele tem conexão com a área da Praia da Luz e regiões próximas, e passou períodos curtos na Alemanha”, disse o comunicado da polícia. “Faz mais de 13 anos desde que Madeleine desapareceu, e nenhum de nós pode imaginar como deve ser para a família dela não saber o que aconteceu ou onde ela está”, acrescentaram.

“Após o aniversário de 10 anos [do caso], a polícia recebeu informações sobre um homem alemão que era conhecido por ter passado pela Praia da Luz. Nós estivemos trabalhando com colegas na Alemanha e em Portugal, e esse homem é um suspeito no desaparecimento de Madeleine”, disse o investigador Mark Cranwell nesta quarta (3). Ele é o responsável por liderar a investigação.

Capa de jornal na época do desaparecimento de Madeleine. (Foto: Reprodução/YouTube)

A polícia também revelou detalhes de dois carros ligados ao suspeito no período do desaparecimento de Madeleine McCann, e pediram por mais informações ao público: “O primeiro veículo é uma distinta van VW T3 Westfalia. É um modelo do início dos anos 1980, nas cores branca e amarela. Tinha uma placa portuguesa”. De acordo com as autoridades, o suspeito tinha acesso à van de abril até maio de 2007. Ela foi usada na área da Praia da Luz. “O segundo veículo é um Jaguar britânico de 1993, modelo XJR 6, com uma placa alemã”, adicionaram. Acredita-se que o Jaguar passou pela Praia da Luz e regiões próximas entre 2006 e 2007. O carro, originalmente, era registrado no nome do suspeito. No entanto, no dia 4 de maio de 2007, um dia após o desaparecimento de Madeleine, o carro foi registrado novamente no nome de outra pessoa na Alemanha. “Alguém por aí sabe muito mais do que está contando”, afirmou Cranwell.

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No momento, a investigação continua sendo tratada como um desaparecimento, porque não há  “evidência definitiva” se a garotinha está viva ou morta. Porém, para a polícia alemã, o caso consta como um “inquérito de assassinato”. Segundo a Scotland Yard, as autoridades alemãs assumiram a liderança “neste aspecto” do caso, já que o suspeito está sob custódia do país.

Os detetives pediram que o público entre em contato caso tenha informações dos veículos ou de dois números de telefone – acredita-se que um deles foi usado pelo suspeito no dia do desaparecimento de Madeleine. O alemão recebeu um telefonema às 19h22, que terminou às 20h20. A polícia pede que quem falou com o suspeito se apresente, pois pode ser uma testemunha importante para o inquérito.

Anúncio de procura de Madeleine. (Foto: Reprodução/YouTube)

Cranwell fez um apelo: “Algumas pessoas conhecerão o homem que estamos descrevendo hoje… você pode estar ciente de algumas das coisas que ele fez. Ele pode ter falado algo sobre o desaparecimento de Madeleine. Mais de 13 anos se passaram e suas lealdades podem ter mudado. Agora é a hora de avançar”. 

A polícia oferece 20 mil libras — cerca de 127 mil reais — para informações que levem à condenação do responsável pelo desaparecimento da menina. Durante os 13 anos desde que Madeleine desapareceu, a polícia investigou 600 pessoas na operação.

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Relembre o caso

A pequena Madeleine McCann desapareceu aos três anos de idade, enquanto passava as férias com a família na Praia da Luz, em Portugal. Ela completaria quatro anos em 10 dias. A menina estava com os irmãos gêmeos Sean e Amelie, então com dois anos, no quarto de hotel. Seus pais, Kate e Gerry McCann, tinham saído para jantar com amigos em um restaurante próximo, dentro do complexo turístico, deixando as crianças desacompanhadas. Assim que eles voltaram, descobriram que Madeleine tinha sumido.

De acordo com o G1, os próprios pais de Madeleine foram considerados suspeitos pela polícia portuguesa, após a descoberta de vestígios biológicos da menina em seus objetos pessoais, e em um automóvel alugado após o desaparecimento. A suspeita era de que Kate e Gerry tivessem ocultado o corpo da filha, após ela ter morrido acidentalmente. Porém, a Justiça portuguesa largou esta linha de investigação quando as análises das amostras que os incriminavam, realizadas no Reino Unido, foram consideradas inconclusivas. Outro suspeito foi o britânico-português Robert Murat, que morava perto do hotel.

Kate e Gerry McCann em 2007. (Foto: Reprodução/YouTube)

O caso é um grande mistério até hoje, que desperta o interesse do público; Madeleine já foi avistada cerca de 9 mil vezes, em mais de 100 países — todas as pistas eram falsas. Na Netflix, está disponível o documentário “O Desaparecimento de Madeleine McCann”, com entrevistas dos principais envolvidos na história.