O Google oficializou, nesta terça-feira (11), o recurso para o Android chamado “modo ladrão”, anunciado inicialmente no Google I/O 2024. A novidade foi criada para combater roubos, e bloqueia a tela do celular ao identificar que alguém o pegou do dono abruptamente. Além disso, o Brasil será o primeiro país no mundo a usufruir do recurso, que estará em fase de teste a partir de julho para alguns usuários.
O lançamento no país foi confirmado hoje durante o Google For Brasil 2024, evento anual da big tech para apresentar suas novidades ao mercado local. Para que o recurso seja ativado, o aparelho deve estar rodando o Android 10 ou superior.
Outra ação necessária por parte de usuário, é que ele ative o bloqueio de detecção de furto nas configurações do aparelho. A empresa destacou que, quando habilitado, pode ocorrer de o dispositivo identificar um movimento abrupto por engano e bloquear a tela.
A companhia explicou que o próprio celular é capaz de identificar a ação de roubo usando inteligência artificial e o acelerômetro, sensor que mede vibração e aceleração. Portanto, assim que o criminoso puxar o aparelho da mão do dono, o dispositivo bloqueia a tela e só poderá ser ativado novamente com a senha.
De acordo com o Google, a tecnologia também pode identificar fugas a pé, de bicicleta, de moto e carro. Logo após o roubo, é exibida no aparelho a seguinte mensagem: “Possível roubo detectado: este dispositivo foi bloqueado automaticamente para proteger seus dados”.
Nesta semana, o Google anunciou a criação de um recurso chamado “bloqueio de detecção de roubo” (Theft Detection Lock) nos dispositivos Android.
O“modo ladrão”, usa a inteligência artificial, que faz o bloqueio automático caso reconheça que o celular foi arrancado da mão do dono. pic.twitter.com/yfidRgZyTo— Portal Roma News (@RomaNewsOficial) May 16, 2024
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Motivação para o “modo ladrão”
Em uma coletiva com a imprensa brasileira, a empresa recordou a vinda de várias lideranças do Android ao Brasil, em setembro de 2023, para entender como agem criminosos de roubo de celular. Dentre elas, estava Sameer Samat, presidente do ecossistema Android.
À época, os executivos tiveram conversas em Brasília com o então secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, nome por trás do aplicativo “Celular Seguro”, do governo federal. “A gente vem conversando recorrentemente com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Esperamos que o lançamento apresentado hoje possa contribuir para manter as pessoas mais seguras”, declarou Maia Mau, diretora de marketing do Google Brasil.
Segundo informações do g1, a “gangue da bicicleta” foi um dos casos que chamou a atenção da liderança do Android, e que motivou a criação do “modo ladrão”. As quadrilhas, que atuam principalmente no centro de São Paulo, circulam procurando vítimas nas ruas para pegar seus celulares.
“O Brasil é uma prioridade altíssima para a liderança do Android. Foi importante ter esse contexto aqui no nosso país para eles anunciarem esses recursos hoje”, afirmou Bruno Diniz, engenheiro de software do Google.
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Bloqueio remoto
Outra novidade anunciada no Google For Brasil 2024 foi o “Bloqueio de dispositivo offline”, que passa a bloquear a tela do smartphone automaticamente caso ele fique por muito tempo sem acesso à internet. A ação é para evitar que criminosos tentem desconectar o aparelho da internet para não serem localizados.
A empresa também informou que pretende dificultar o acesso indevido ao aparelho caso ele seja roubado, furtado ou perdido. Em uma página específica, o usuário poderá digitar o número do seu celular para fazer o bloqueio da tela instantaneamente a partir de outro dispositivo, como notebook.
Para evitar que bots (robôs) desativem a tela em massa de vários aparelhos e até para evitar brincadeiras entre amigos, o usuário também precisa “concluir um rápido desafio de segurança” antes de fazer o bloqueio.
“A medida visa dar mais tempo para que o usuário recupere os detalhes da sua conta e acesse opções mais robustas no ‘Encontre Meu Dispositivo’, como a localização do aparelho ou a exclusão de todo seu conteúdo”, explicou o Google.
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