Nesta quarta-feira (7), foi disponibilizado para os usuários de smartphones com o sistema operacional Android no Brasil o “Modo Ladrão”. O recurso permite que a tela do celular seja travada quando for detectada uma mudança repentina de velocidade. O desenvolvimento da tecnologia aconteceu por causa das chamadas “gangues de bicicleta”, que são grupos de assaltantes que usam o meio de transporte para roubar celulares em grandes centros urbanos do país.
O “modo ladrão”, chamado oficialmente de “Theft Protection Lock“, funciona da seguinte maneira: a inteligência artificial (IA) identifica uma mudança abrupta de movimento e, desta forma, a tela do dispositivo é bloqueada. Todos os celulares que tiverem suporte ao sistema operacional Android 10 e superiores têm acesso à versão beta da ferramenta. Para o usuário usar o “Modo Ladrão” será necessário ativar essa opção na tela de configurações, pois ela estará desativada por padrão.
O Brasil é o primeiro país do mundo a receber a tecnologia. Outros recursos antirroubo desenvolvidos pelo Google também foram liberados, como a ferramenta de bloqueio remoto – que permite ao usuário bloquear o celular através do site “Encontre meu Dispositivo”, sem precisar acessar a conta Google com senha – e o travamento automático da tela caso o aparelho fique longos períodos sem acesso à internet.
Todavia, Bruno Diniz, líder para Android no Brasil, disse à Folha de S. Paulo que em um primeiro momento o “Modo Ladrão” pode apresentar bloqueios indesejados, já que foi programado para ter mais falsos positivos do que negativos. “Quando a IA bloqueia por engano, a perda é um pequeno incômodo para o usuário, mas, quando não tem bloqueio no momento do crime, o usuário pode ter suas contas esvaziadas”, afirmou ele.
Bloqueio automático e remoto
O Google ainda disponibilizou outro recurso de bloqueio automático, neste caso baseado no tempo em que o smartphone ficar desconectado da internet. Se o Android identificar comportamentos incomuns do usuário, que geralmente acontecem quando o aparelho é furtado ou roubado, o bloqueio também é feito. Entre essas ações que não são usuais estão: remoção do chip, estar em locais não frequentados por períodos prolongados ou a perda de conectividade.
Por fim, também foi liberado o bloqueio remoto na página “Encontre meu dispositivo”. Assim, é possível fazer um bloqueio de tela simples, sem necessidade de acessar a conta Google, com senha. O objetivo é facilitar que usuários impeçam o acesso ao dispositivo rapidamente, após furtos, roubos ou extravios. O usuário ainda poderá adicionar uma palavra-chave para evitar que o celular seja bloqueado por outra pessoa.
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