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Netflix define quando passará a cobrar por compartilhamento de senhas

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O compartilhamento de senhas da Netflix está com os dias contados! Recentemente, a empresa anunciou que vai colocar um ponto final na possibilidade até o final de junho. A decisão, segundo o colunista Renan Martins Frade, do UOL, vem após resultados desfavoráveis no balanço financeiro da gigante do streaming.

Os números não alcançaram a estimativa inicial da empresa e puxou o número de assinantes para baixo, inclusive na América Latina. Para evitar a fúria dos investidores, a companhia colocou novas regras para este trimestre. Agora, para compartilhar a senha com moradores de outros endereços, o titular da conta deverá pagar um valor extra.

A Netflix ainda não informou quais países serão afetados além dos Estados Unidos. No entanto, de acordo com o CEO da empresa, “a mudança será implementada na maior parte dos países dentro desse prazo”.

“O lançamento que faremos no segundo trimestre é muito amplo. Ele inclui os Estados Unidos, inclui muitos, muitos outros países. Quer dizer, reservamos o direito [de não lançar] para alguns países onde achamos que há uma abordagem diferente. Quando você pensa do ponto de vista de receita, o lançamento na grande maioria ocorrerá no segundo trimestre”, disse Greg Peters.

O compartilhamento de senhas teria causado prejuízo à plataforma de streaming. (Foto: Pixabay)

O Brasil é considerado um dos principais mercados da companhia, atrás apenas de Estados Unidos e Canadá. A assessoria de imprensa nacional da Netflix, em nota, afirmou que a empresa ainda “não tem nenhuma informação além do que foi divulgado no resultado financeiro”.

Com a mudança, o plano familiar servirá apenas para pessoas que morem em um mesmo endereço. Para garantir que seus dispositivos estejam associados, a Netflix passará a solicitar que os usuários se conectem ao mesmo Wi-Fi, abram o aplicativo ou site da Netflix e assistam a algo pelo menos uma vez a cada 31 dias. Caso a regra não seja respeitada, o usuário terá seu dispositivo bloqueado.

O valor para o compartilhamento de senha ainda não foi divulgado oficialmente, mas deve “variar de acordo com a realidade de cada país”. “Testamos diferentes preços nos [pré-] lançamentos feitos na América Latina. E isso dá uma ideia de como estamos pensando sobre qual é o preço ideal, especialmente em países mais ricos, então vou deixar por isso mesmo”, explicou Greg.

Durante os testes, na Argentina foi cobrada uma taxa de 219 pesos argentinos, o equivalente a R$ 5,11. No Chile, o valor é 2.380 pesos chilenos (R$ 15,22), no Peru sai por 7,90 novos sóis peruanos (R$ 10,62). Já em Portugal o valor é de 3,99 euros (R$ 22,18). No pré-lançamento, a empresa permite que os assinantes paguem para compartilhar contas com até duas pessoas fora de casa.

As novas diretrizes entram em vigor em cerca de um mês, (Foto: Pexels)

Apesar da queda de assinaturas após o anúncio da cobrança adicional, o CEO acredita que os números devem melhorar em breve. “Vemos uma reação de cancelamento em cada mercado quando anunciamos a notícia [da cobrança adicional], o que impacta o crescimento de membros a curto prazo”, disse.

“É muito parecido com um aumento de preço, [quando também] vemos uma reação inicial de cancelamento. E então crescemos a partir disso, tanto em termos de membros quanto de receita, à medida que os assinantes criam suas próprias contas da Netflix e os membros existentes compram essa facilidade adicional para as pessoas com quem desejam compartilhá-la”, acrescentou.

É possível compartilhar o Netflix com alguém que não mora com você?

Segundo a empresa, essa já não é mais uma possibilidade para os usuários. Com as modificações, as contas deverão ser utilizadas apenas por um usuário ou apenas por uma mesma família, em uma mesma localidade, conectada ao mesmo Wi-Fi. Para isso, será necessário realizar o login no Wi-Fi doméstico pelo menos uma vez a cada 31 dias, para que a plataforma registre os seus dispositivos como “confiáveis”.

Em caso de uso indevido e do bloqueio de conta, os usuários serão forçados a entrar em contato com a Netflix para desbloquear. Para os que perderem o acesso, a plataforma vai permitir transformar perfis preexistentes em novas assinaturas, mantendo o histórico do que assistiu e as recomendações do algoritmo.

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