Conhecido por apoiar pautas conservadoras e por ser contra os direitos LGBTQIA+, o congressista republicano Madison Cawthorn, teve um vídeo íntimo vazado. No registro, o rapaz de 26 anos aparece nu, em uma cama, enquanto faz uma simulação de sexo com outro homem.
O conteúdo foi divulgado pelo American Muckrakers PAC em um site chamado FireMadison.com, que tem como intuito impedir a reeleição de Madison. Nas imagens, o legislador da Carolina do Norte aparece completamente nu em uma cama, fazendo movimentos com o quadril, como se estivesse transando com o outro homem embaixo dele. O segundo indivíduo é visto apenas por um momento e, até agora, não teve sua identidade revelada. Ao mesmo tempo, Cawthorn simula gritos e gemidos, arrancando risos do seu acompanhante e de quem está registrando a cena. Confira:
https://twitter.com/mkultranews/status/1522048354380779521?s=20&t=XgROStGPiidbz2IMMxJDhg
Histórico de escândalos
Ao longo das semanas que antecederam as eleições primárias nos EUA, marcadas para o dia 17 de maio, Cawthorn acumulou uma lista de controvérsias, que provocaram repreensões e oposição direta de alguns de seus colegas republicanos. Na semana passada, o deputado foi acusado de contravenção por trazer uma arma carregada para um aeroporto da Carolina do Norte.
Na mesma semana, Cawthorn foi alvo de uma investigação depois que os órgãos de fiscalização de ética levantaram suspeitas de que ele teria feito uma negociação de criptomoeda com informações privilegiadas da bolsa. O rapaz também foi criticado ao ser pego, pela segunda vez, dirigindo com uma carteira de motorista revogada e por fotos vazadas nas quais aparece posando de lingerie em uma festa.
O vídeo polêmico repercutiu entre políticos dos Estados Unidos. Madison, que é apoiador do ex-presidente Donald Trump, lançou mão de uma página do livro do político e usou o Twitter para se defender.
“Um novo golpe contra mim acabou de cair. Anos atrás, neste vídeo, eu estava sendo grosseiro com um amigo, tentando ser engraçado. Estamos agindo feito tolos, e brincando. É isso”, escreveu Cawthorn. “Eu não vou recuar. Eu disse a vocês (seus apoiadores) que haveria uma campanha de difamação. A chantagem não vai vencer”, garantiu.
A new hit against me just dropped.
Years ago, in this video, I was being crass with a friend, trying to be funny.
We were acting foolish, and joking.
That’s it.
I’m NOT backing down.
I told you there would be a drip drip campaign.
Blackmail won't win. We will.
— Madison Cawthorn (@CawthornforNC) May 4, 2022
Cawthorn também publicou um vídeo no qual acusou um senador anti-Trump do seu estado de ser responsável pela divulgação do conteúdo comprometedor. Ele voltou a dizer que está sendo vítima de chantagens após denunciar má-conduta dentro do seu partido, como convite a orgias e uso de cocaína por outros políticos. O rapaz, no entanto, não citou nomes na publicação.
“Todo conselheiro político me diz para apenas enfrentar a tempestade. Para não me preocupar em responder às notícias porque tenho ‘uma vantagem tão grande’ e ‘porque você é o titular’, mas fui eleito exatamente pelo motivo de ser um lutador”, declarou o jovem.
I’m ready to keep fighting for you.
I wanted you to know the truth, straight from me. Don’t lose hope, don’t listen to the fake news.
Don’t let the swamp of Washington dissuade or distract you from sending a warrior back to Washington.
I’ve only just begun to fight for you. pic.twitter.com/kDqtzsoquT
— Madison Cawthorn (@CawthornforNC) May 4, 2022
Ao longo de sua carreira na política, Cawthorn prometeu ser “uma voz forte de fé, família e liberdade” para o povo norte-americano. Ele apostou na defesa de princípios tradicionais e na importância da masculinidade, se manifestou diversas vezes contra o casamento de pessoas do mesmo sexo e criticou o uso de linguagem não-binária.
Vale relembrar, no entanto, que o vídeo vazado recentemente não é o primeiro no qual Madison aparece em uma “relação” homoafetiva. Ano passado, imagens de um membro da equipe do político colocando a mão em seu pênis, dentro de um carro, também em tom de “brincadeira”, vieram à tona.