Poucos dias após a morte de Aaron Carter, o The New York Post teve acesso a uma autobiografia inédita do artista, e alguns detalhes vieram à tona nesta quinta-feira (10). No livro, o cantor descreveu um encontro inusitado com Michael Jackson, quando ainda era adolescente. Segundo Carter, ele teria acordado e se deparado com o rei do pop vestindo apenas uma roupa íntima branca e apertada.
O caso teria acontecido em agosto de 2003, quando Aaron tinha apenas 15 anos. Depois da celebração de um aniversário do astro, o jovem teria ido ao famoso rancho Neverland. “Michael e eu fomos sozinhos até a casa principal e seguimos para a área de seu quarto”, diz ele no trecho do livro “Aaron Carter: An Incomplete Story of an Incomplete Life” (ou “Aaron Carter: Uma História Incompleta de uma Vida Incompleta”, em tradução livre).
No fim do aniversário, ele, Michael e o ator Chris Tucker teriam andado de quadriciclo pela propriedade até que decidiram parar. “Depois de um tempo, eu disse que estava pronto pra ir para a cama. Eu não tinha pensado muito sobre onde eu ia dormir”, continuou. “Obviamente, havia um monte de quartos na casa. Mas ele só puxou essa cama dobrável perto da cama dele que já estava pronta. Eu nunca pedi por ela, mas lá estava. Eu não me importei. Eu estava cansado. Ele apagou as luzes, foi para sua cama e foi dormir”, acrescentou.
Tudo ia bem, até que Michael teria aparecido seminu na cama de Carter. “Algumas horas mais tarde, algo me acordou. Eu me sentei e encontrei o Michael no pé da minha cama em sua roupa íntima branca e apertadinha. Eu não sei se ele estava sonâmbulo ou o quê, mas ele parecia ainda estar dormindo”, pontuou Aaron, que disse ter reagido à situação estranha. “‘Que p*rra é essa?’, eu gritei e o agitei um pouquinho para acordá-lo. ‘Volta pra sua cama!'”, teria cobrado o então astro infantil.
O assunto teria morrido logo depois, apesar de ter marcado a vida de Aaron. “Ele só murmurou: ‘Ok’, voltou para sua cama, e nós dois voltamos a dormir. Eu nunca o questionei sobre isso, e nós nunca mencionamos esse assunto. Quando eu acordei na manhã seguinte, ele já tinha ido embora do quarto”, declarou. O artista ainda escreveu que ele e Michael teriam fumado maconha juntos durante essa visita, falando que o cantor “fumava como um profissional”.
Menos de três meses depois, Jackson foi preso acusado de molestar crianças. Carter disse ter sido interrogado por detetives da polícia pouco depois dessa viagem à Neverland, mas contou aos agentes que o astro nunca o tocou de forma inapropriada. Na sua autobiografia, o rapaz ainda mencionou que a voz de “Thriller” o chamava de “Apple Head” (ou “cabeça de maçã”), e que ganhou de presente uma jaqueta cravejada de cristais Swarovski usada por Michael num show em 10 de setembro de 2001.
Em outras ocasiões de sua vida, Aaron já havia saído em defesa de MJ. “É um cara realmente bom, até onde eu saiba, um cara realmente bom”, descreveu ele. No entanto, durante as gravações do reality “Marriage Boot Camp: Reality Stars Family Edition” em 2019, Carter causou polêmica com uma declaração: “Ele nunca fez nada que foi inapropriado – exceto uma vez… Houve uma coisa que ele fez que foi um pouquinho inapropriado”. Na ocasião, o irmão de Nick Carter não deu mais detalhes sobre o assunto.
O livro de Aaron Carter não estava concluído quando ele morreu, e ainda há muitas perguntas sem resposta de seu co-autor, Andy Symonds, com quem ele vinha trabalhando na obra há algum tempo. “Ele estava tão empolgado sobre contar sua história, e nós trabalhamos muitas horas nesse livro. Infelizmente, nós nunca teremos a chance de terminá-lo”, comentou o escritor em seu Facebook. Entretanto, mesmo incompleta, a autobiografia deve ser lançada na próxima terça-feira (15).
Por outro lado, a notícia sobre o livro parece ter contrariado a equipe de Carter, que expressou suas críticas quanto à proposta da publicação nesse momento tão delicado. “Esse é um momento de luto e reflexão, não de ganhar dinheiro impiedosamente e de buscar atenção”, disse em um comunicado.
Representantes de Michael Jackson também foram procurados, mas, até o momento, não se pronunciaram sobre o assunto.