Anitta está com tudo! Com a carreira indo de vento em popa dentro e fora do Brasil, nossa “malandra” é considerada um verdadeiro case de sucesso, tanto nos palcos, como no mundo dos negócios. Em entrevista ao Meio&Mensagem, ela falou um pouco sobre suas estratégias em comunicação, sua admiração por Beyoncé e Kim Kardashian, e o modo como administra sua carreira em um mercado sempre sedento por novidades.
De acordo com a estrela, ela gosta muito da carreira da Queen Bey por fazer “muito sentido”, e ainda traçou um paralelo entre o modo como as pessoas enxergam ela, Anitta, e a empresária e socialite Kim Kardashian. “Embora muita gente tenha preconceito com o produto dela, a Kim Kardashian definitivamente é uma mulher que sabe fazer negócios. Então, enquanto grande parte do público tá aí brincando, falando que é fútil, que é isso e que é aquilo, ela tá fechando vários contratos, fazendo business. Isso é de se chamar atenção, porque é o tipo de rótulo que eu recebo, que não tem nada a oferecer, etc etc, e a pessoa tá aí, fazendo vários modelos de negócios incríveis”, observou.
A cantora ainda revelou o que a fez se aventurar pela América Latina: “Venho de um ritmo que tem muito preconceito, então comecei a pensar em soluções pra que eu conseguisse barrar e ultrapassar os parâmetros, os rótulos de preconceito que o meu ritmo trazia comigo. Então comecei a viajar pra conhecer outras culturas, entendi que o mercado latino seria a próxima grande bomba”. Foi aí que Anitta procurou estudar espanhol, já que, até então, só falava inglês. “Hoje em dia, pra conciliar os três, o que eu faço é dedicar de acordo com a porcentagem de cada público que eu tenho nas minhas redes sociais, e do público no geral. A gente faz um estudo e destina essa mesma porcentagem em conteúdo”, explicou. É difícil ser rainha, reina, queen!
Anitta chamou atenção para o modo como o Brasil consome cultura, que é muito diferente dos outros países — e é por causa dessa diferença que sua carreira tem sido embalada constantemente por novidades. “O Brasil presta muita atenção em rádio, é muito forte, e o Brasil se preocupa muito em quem é o artista, não só com a música. Quem é aquele artista, o que ele faz, o que ele pensa, o que ele veste. No mercado latino não é tanto assim, eles querem saber de música. O mercado brasileiro não te dá a liberdade de desaparecer por um tempo e voltar. Isso é uma coisa que não acontece. Nos mercados de fora, isso é super possível; eles tiram um tempo, fazem um break pra descansar, pra sei lá o quê, e depois voltam e tá tudo certo. Com tanto que voltem com um bom trabalho, fazendo bem feito, tá tudo ótimo. Aqui no Brasil, não. Se você resolve tirar esse break, você automaticamente é tido como fail, acabou, falhou, decaiu. Então a gente precisa sempre analisar essas diferenças”, explicou.
Além disso, Anitta comentou sobre o modo como é percebida no mundo dos negócios: “Existe muito preconceito pelo público masculino mais velho. Normalmente, como tem acontecido muitos debates e revoluções femininas, a galera jovem tem respeitado mais a mulher como profissional. Mas no meu caso, especificamente, como eu sou meu próprio produto, e o produto que eu sou é um produto sensual, que rebola, que trabalha com isso, as pessoas acabam tendo esse preconceito de ah, não tem a competência para fazer a coisa X ou Y. E aí a gente tem que trabalhar muito mais dobrado pra mostrar que a gente realmente tem competência e profissionalismo pra tá lá”. Assista a entrevista completa abaixo: