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Uma mulher e sua neta foram encontradas mortas dentro da casa onde moravam, em Jataizinho, no norte do Paraná, na noite de sábado (22). Segundo informações da Polícia Militar e da Polícia Civil, os corpos de Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e a neta Ana Carolina Almeida Anacleto, de 12, estavam deitados na cama, cobertos por um edredom, com sinais de violência e lenços amarrados no pescoço. No local, havia manchas de sangue no chão, nas paredes, nas roupas das vítimas e nos lençóis. Uma frase escrita com sangue foi deixada na parede do quarto: “Deculpa mae, Marcos”, com erros de ortografia.
De acordo com o boletim de ocorrência, o filho de Marley encontrou os corpos ao chegar na residência. Ele teria ido visitar a mãe e encontrou o portão e a porta apenas encostados. A Polícia Científica foi chamada para realizar a perícia no local e confirmou os indícios de violência. Ainda segundo os investigadores, as vítimas estavam com as mãos amarradas e foram mortas com facadas no pescoço.
Dois homens foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos: o pai de Ana Carolina e o irmão dele, tio da menina. Ambos foram liberados após prestarem depoimento. A polícia não revelou a identidade dos suspeitos nem informou se há mandados de prisão em aberto. De acordo com o aspirante Marcos Lopes Júnior, da Polícia Militar, o pai da criança já tinha antecedentes e havia encerrado um relacionamento recentemente.
“É difícil achar suspeitos nesse momento, não é a função da Polícia Militar, mas foi conduzido para que a Polícia Científica possa ter bastante material para poder trabalhar e encontrar o verdadeiro autor desse crime”, explicou Lopes Júnior à RPC, afiliada da TV Globo.
O caso está sob responsabilidade da Polícia Civil, que informou, em nota, que a investigação segue em sigilo para garantir a coleta de provas. Os celulares de familiares foram apreendidos para perícia. Até o momento, a motivação para o crime ainda não foi oficialmente divulgada.
Segundo o avô de consideração de Ana Carolina, a menina havia ido dormir na casa da avó para fazer companhia. Em entrevista ao SBT, ele lamentou a tragédia e se emocionou ao falar sobre a neta. “Que maldade que tem uma criança de 12 anos?”, disse ele. A polícia investiga também o contexto em que a mensagem foi escrita e se de fato o nome deixado na parede está ligado ao autor do crime.
A Polícia Civil do Paraná informou que todas as linhas de investigação seguem em aberto. As próximas etapas da apuração dependem da análise dos laudos periciais, dos aparelhos apreendidos e dos depoimentos colhidos nos próximos dias.
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