A passageira que estava no carro que atropelou Kayky Brito disse que o motorista de aplicativo trafegava em baixa velocidade. Maria Estrela Lima, principal testemunha do caso, prestou depoimento na 16ª DP, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (4), e deu detalhes do acidente. A versão da dentista corroborou com o que foi dito pelo motorista Diones da Silva, que disse em depoimento que Kayky apareceu “correndo surpreendentemente“. As informações são do SBT e da Folha de S. Paulo.
De acordo com Maria Estrela, o motorista não estava em alta velocidade e o ator apareceu de surpresa. A dentista relatou que estava acompanhada da filha de dez anos no banco traseiro do veículo, voltando para sua residência na região em que Kayky foi atropelado. Ela e a filha não usavam cinto de segurança. No entanto, não sentiram o impacto da ação. Na visão da passageira, se o condutor estivesse acima do permitido, ela sofreria lesões leves.
“Passageira ia do Península para o Barramares; que ambas estavam sem cinto (ela e a filha de 10 anos); que não houve impacto; que não foi projetada (com a batida); que não percebeu que ele (o motorista) corria, caso contrário iria colocar o cinto, que imaginou num primeiro momento que era uma colisão com uma moto“, dizia um trecho do depoimento divulgado pelo g1. Para a imprensa, ela reforçou o que disse para as autoridades. “Não estava em excesso de velocidade, estava supertranquilo. Estava em uma velocidade tranquila“, afirmou.
Em outro momento, ela contou como foram os minutos após o atropelamento. “Minha filha estava muito nervosa. Eu saí, quando vi que era um atropelamento, eu falei pra minha filha não olhar, ela estava chorando. Apareceu um outro Uber que se ofereceu me levar para casa, mas o Diones veio e perguntou como que eu estava. Eu perguntei se ele tinha acionado o socorro. Ele já tinha acionado o socorro. E praticamente foi isso”, relatou.
Ela também deixou seu contato com o motorista caso ele precisasse localizá-la. “Falei pra ele ficar tranquilo que as coisas seriam esclarecidas”, disse. Questionada se o comportamento que o motorista apresentava era correto, ela respondeu: “Ele foi muito atencioso durante todo o percurso e quando também houve o atropelamento. Ficou bem abalado, parece uma pessoa bem tranquila”. A testemunha relatou que não se aproximou para ver Kayky. “Fiquei de longe, acabei não indo no local por conta da minha filha, que tava nervosa, mas eu vi que ele estava sem se movimentar, caído no chão”, finalizou. Assista:
Passageira fala sobre acidente com Kayky Brito pic.twitter.com/o4tNeSJ7H3
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) September 5, 2023
Kayky Brito foi atropelado na madrugada do último sábado (2), na Avenida Lucio Costa, no Rio de Janeiro. Segundo Ângelo Lages, delegado que liderou as investigações do caso, o artista estava no quiosque Dona Marta, no posto 6 da Barra da Tijuca. Ele se divertia com amigos, incluindo Bruno de Luca, que teve a reação diante do atropelamento registrada por câmeras. Bruno deve comparecer à delegacia nesta quarta-feira (6) para depor.
O ator foi atingido após ir até o próprio carro pegar algo. O motorista tentou desviar, mas não foi possível. Brito teve traumatismo craniano e múltiplas fraturas pelo corpo, e segue internado na UTI do hospital Copa D’or. Ontem (4), a instituição atualizou o quadro do artista em um novo boletim médico. “Foi realizada uma fixação de fratura da pelve e do membro superior direito, com sucesso“, dizia o comunicado.
Mudanças
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, indicou a intenção de alterar a velocidade na via em que o irmão de Sthefany Brito foi atropelado. “O atropelamento do ator Kayky Brito mostra bem que a velocidade permitida em muitas vias da cidade é excessiva. Imaginar que nossa Orla, um lugar de contemplação, lazer e paz, tem velocidade máxima de 70 km/h é um absurdo. Independentemente de responsabilidades no caso em questão, não é admissível manter isso“, escreveu no Twitter.
“Já determinei que a CET-RIO me apresente ainda essa semana uma mudança no limite da orla do Rio. E vamos avançar com essas mudanças em outras vias da cidade“, finalizou Paes. Veja:
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaquesO atropelamento do ator Kayky Brito mostra bem que a velocidade permitida em muitas vias da cidade é excessiva. Imaginar que nossa Orla – um lugar de contemplação, lazer e paz – tem velocidade máxima de 70km é um absurdo. Independentemente de responsabilidades no caso em…
— Eduardo Paes (@eduardopaes) September 4, 2023