Hugo Gloss

Mãe de Gugu diz que nunca vai perdoar Rose Miriam “por ter mentido” e revela últimos momentos com o filho: “Parecia que algo iria acontecer”

(Foto: Divulgação/Record; Patrícia Devoraes/Amauri Nehn/Brazil News)

Pouco mais de dois meses após a trágica morte de Gugu Liberato, a mãe dele, Maria do Céu, se abriu pela primeira vez sobre a perda do filho. Em entrevista à Veja, a senhora, de 90 anos, falou sobre suas últimas horas com o apresentador e assumiu estar decepcionada com Rose Miriam di Matteo por conta da briga judicial pela herança de Gugu – que pode chegar ao valor de R$ 1 bilhão.

“A gente era uma família muito feliz”, afirmou Maria do Céu, chorando. “Nunca vou perdoar a Rose por ter mentido para mim, dizendo que iria fazer um retiro religioso enquanto largou meus netos sozinhos nos Estados Unidos para vir ao Brasil armar essa briga na Justiça”, completou ela sobre a mãe de seus netos.

A idosa acrescentou que, apesar disso, ainda mantém a boa relação com João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas, Marina e Sofia, de 16. “Nós nos falamos por vídeo pelo WhatsApp. O João veio passar o Natal comigo, já as meninas ficaram nos Estados Unidos por serem menores”, contou.

Na entrevista, Maria do Céu detalhou seus últimos momentos com o filho e afirmou que “parecia que algo iria acontecer”. “Eu passava metade da semana na casa dele; a outra parte, na minha. Como eu estava com gripe, fiquei mais de uma semana na casa do Gugu. No dia anterior à viagem, ele foi até o quarto e ficou horas e horas conversando comigo”, recordou ela.

Gugu e Maria do Céu eram muito próximos (Foto: Reprodução/Instagram)

“Daí ele me contou que iria sair de casa às 6 da manhã para viajar, mesmo assim eu pedi para vir se despedir. Ele foi e me beijou muito. Na saída, já na porta, eu o chamei novamente, e ele voltou para me abraçar. Ele não tinha pressa, parecia estar adivinhando”, declarou a mãe do apresentador. “Eu só não fui para lá porque estava gripada”.

Ela ainda reforçou o sentimento de preocupação com o filho antes de sair, fazendo“algo à qual não estava acostumada”. “Pedi para ele me ligar quando chegasse a Orlando. Deu a hora em que ele já teria desembarcado, e nada. Liguei para a minha filha e disse que o Toninho não tinha ligado. ‘Será que o avião caiu?’, perguntei. Meu filho viajou e nunca mais voltou”, finalizou a senhora, caindo no choro novamente.

Maria do Céu não teve problemas em admitir que essa é uma parte frequente da sua nova rotina. “Eu choro muito, sempre escondido dos outros filhos. Tenho muitas saudades”, confessou. “À casa dele, fui apenas uma vez depois do acidente porque não tive mais coragem. A sensação de chegar e não o encontrar deixa um vazio ainda maior.”

Maria do Céu e os filhos, Amandio e Aparecida Liberato no velório de Gugu. (Foto: Amauri Nehn/Btazil News)

Religiosa, ela ainda contou que reza muito no dia a dia. “Fiquei revoltada no começo, mas sou católica e tenho de acreditar que Deus vai me dar forças. Rezo muito, o tempo todo. Quando começo a chorar, falo assim: ‘Meu filho, por favor, faça com que eu não chore mais’. Lá do céu, o Toninho está olhando por mim”, pontuou, mencionando o apelido pelo qual a família o tratava.

Outro ponto levantado foi a ausência de Silvio Santos no velório do ex-colega de trabalho. Entretanto, Maria do Céu disse que não guarda ressentimentos. “As filhas e neto dele apareceram e me foi explicado que o Silvio estava abalado e também com pneumonia. Dois dias depois do enterro, ele me ligou para prestar carinho”, revelou.

A reportagem ainda descobriu que, antes do acidente fatal, Gugu tinha em sua agenda um compromisso importante: uma reunião com Renata Abravanel, vice-­presidente do SBT, para falar de um possível retorno à emissora onde fez história.

Apresentador da Record, Gugu estaria negociando voltar para o SBT (Foto: Reprodução/Record)

Por fim, a senhora destacou o legado do filho em sua vida. “O Toninho ajudou muita gente sem falar nada. Eu não passo um dia sem receber visitas. Conforta ouvir histórias de pessoas que sofreram por problemas parecidos. Mas a verdade é: enterrar um filho é a pior coisa do mundo. Nada fica como antes”, lamentou.

 

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