Uma entrevista exibida no ‘Fantástico’ neste domingo (02) trouxe mais detalhes da disputal judicial pela herança de Gugu Liberato entre a família dele e a mãe de seus filhos, Rose Miriam di Matteo. De um lado, Maria do Céu Liberato afirmou que o filho “nunca teve nada” com a médica; do outro, Rose Miriam detalhou uma relação próxima com o apresentador em uma carta aberta.
Em entrevista à Rede Globo, Maria do Céu foi categórica: “Ele nunca teve nada com ela, ela vivia completamente separada dele. Eles nunca tiveram nada um com o outro, isso eu afirmo e juro porque eu sei”. A idosa, de 90 anos, falou ainda sobre a relação entre a médica e o comunicador.
“Tudo o que ela pedia, ele dava. Não só pra ela, pra família inteira”, pontuou Maria do Céu, se referindo aos familiares de Miriam. Sobre os patrimônios, a senhora revelou que Gugu havia dado uma residência em Alphaville para Rose. “Quando ela vinha para cá (pro Brasil), ela tinha dinheiro para fazer o que queria”, completou.
Por outro lado, a defesa legal da viúva diz que ela teria passado esse imóvel de São Paulo para o nome dos filhos. Entretanto, eles continuam vivendo na casa da família nos Estados Unidos, que está em nome de uma das empresas do apresentador.
Durante a reportagem, ainda foi divulgada uma carta aberta de Rose Miriam, em que a mulher fala sobre sua relação com Gugu nos últimos 20 anos. “Gugu desejou constituir uma família e eu também. Ele me incluiu na vida dele, assim como eu o incluí na minha vida”, começou ela.
“Formamos uma família conforme a vontade de Deus. Tivemos três filhos lindos e saudáveis. E desde o momento que ficamos sabendo eu eu estava grávida, as nossas vidas tomaram um novo rumo. Caminhamos sempre juntos em um caminho de amor, respeito e cumplicidade. Um relacionamento de acordo com a vontade de Deus, em que o amor e a confiança andam juntos”, acrescentou.
Em seguida, Rose afirmou que ambos foram muito felizes ao longo dos anos, especialmente após a mudança aos Estados Unidos. “Apesar da distância, a nossa casa aqui se tornou um lar mais sólido. Gugu vinha frequentemente e a nossa alegria sempre foi algo que brotava dos nossos corações. Jamais esquecerei dos fortes abraços que ele nos dava ao abrir a porta da casa quando chegava do Brasil”, recordou ela. “Gugu adorava viver aqui, pois além de estar no seio familiar, podia passear de bicicleta de bermuda e chinelo e fazer as compras de mercado. Eram momentos de liberdade”.
Por fim, a médica elogiou o apresentador. “Gugu foi um querido e zeloso pai e marido. Foi meu companheiro nos momentos felizes na criação e educação dos filhos. Ele era o pilar da casa!”, finalizou ela. Confira a carta na íntegra:
Entre os dois lados, a batalha judicial continua. Rose Miriam busca conseguir o reconhecimento de sua união estável com Gugu para, assim, ter direito a 50% da herança. Isso mudaria o que foi deixado pelo astro da televisão em seu testamento: 75% para os filhos e 25% para os sobrinhos.
“[Mudaria o valor] dos sobrinhos sim, dos filhos em hipótese alguma. Porque Rose fez um documento em cartório em que tudo que ela ganhar imediatamente será transferido para seus filhos”, afirmou Nelson Wilians, o advogado dela. “Hoje ela vive de empréstimo, ela pega emprestado dos amigos. Porque ela não tem nada. Gugu Liberato sempre foi o provedor de tudo”.
“Durante toda a vida de Gugu, Rose foi a esposa, a mulher, a companheira, a mãe de seus filhos, somente após a abertura do testamento é que nós começamos a ouvir essa história de amiga. Isso é de uma desumanidade total”, completou o advogado da médica.
Para os advogados da família Liberato, os documentos dizem o oposto. “Ela era a mãe dos filhos dele, essa é a relação que nós sabemos. Eles não se apresentavam como um casal”, disse Carlos Regina. “A meu ver e pelos documentos que eu tenho não há a menor condição de ser união estável”, completou o outro defensor, Dilermando Cigagna Júnior.
O documento a que eles se referem teria sido assinado em 2011. “Eles fizeram um contrato – depois nós vamos exibir a um juiz – de que eles eram amigos, e não tinham vida em comum. Foi um acerto, que fica muito claro, o Gugu queria ter filhos e eles acabaram decidindo por isso sem uma convivência, sem uma comunhão de vida”, pontuou Carlos Regina.
Esse documento nunca foi visto pela defesa de Rose Miriam. “Ela me diz que, em 2011, quando estava internada apareceram alguns advogados no hospital e colheram a assinatura dela. Ela fala que não sabe o que assinou, não tem a menor ideia”, declarou Nelson. “Se houver esse documento eu vou questionar a anulabilidade dele, porque não se pega a assinatura de alguém dentro de um hospital, tomando soro, medicado, com um quadro de depressão”.
Por fim, a defesa da família Liberato fez questão de esclarecer um ponto levantado pela reportagem da Veja, publicada na última sexta-feira (31). Segundo a revista, João Augusto, filho mais velho de Gugu, teria prestado um boletim de ocorrência contra a própria mãe. Entretanto, a situação foi outra.
“Ele não sabia que estava sendo levado para a casa de um advogado e entrou com uma queixa-crime contra o tio Gianfrancesco di Matteo e o primo Eduardo di Matteo”, informou a matéria do Fantástico. O motivo teria sido o mesmo: o menino de 18 anos se revoltou ao ser levado para o local sem seu consentimento, no dia do enterro de Gugu.
Assista à reportagem do “Fantástico”:
https://www.youtube.com/watch?v=VabJSVt-CiA