Rebeca Andrade conquistou a sua quinta medalha, neste sábado (3), e se tornou a mulher mais condecorada da história do Brasil em Olimpíadas. Após ganhar a prata na final dos saltos em Paris, a ginasta explicou a recente declaração sobre não competir mais no individual geral da ginástica artística e uma possível aposentadoria.
Com o feito, a atleta somou cinco medalhas olímpicas e se igualou aos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. “Eu estou muito feliz! Gosto de pensar um dia de cada vez. Estou muito orgulhosa por colocar mais uma medalha na história, sendo tão grande para o meu país e para o esporte. Eu nem sei o que dizer, só que estou muito feliz!“, declarou.
Sexta a se apresentar no aparelho, a brasileira abriu mão do Triplo Twist Yurchenko – nunca realizado em competições oficiais da ginástica artística – e apresentou apenas os movimentos Cheng e Amanar. Caso apresentasse, o salto inédito poderia receber o seu nome. “Eu queria muito ter feito, óbvio, porque treinei bastante para isso, mas ao mesmo tempo, eu não estava 100% confiante como eu me sinto, normalmente, fazendo as outras coisas“, explicou.
Rebeca ressaltou a importância do treino e garantiu estar feliz com a medalha de prata. “Talvez eu precisasse de mais treino. Mas não é que estivesse ruim, estava lindo! Estava muito bom! Mas, gente, eu estou com a minha prata aqui, foram dois saltos muito bons e estou muito orgulhosa do que eu fiz. E se eu tiver que fazer, se um dia eu for fazer, eu espero que seja lindo, porque vou ter treinado bastante e terei essa confiança“, afirmou.
A ginasta também explicou a recente declaração sobre não competir mais no individual geral. “Isso foi muito engraçado, porque eu falei que não ia mais fazer o individual e as pessoas estão achando que vou sair da ginástica e não é isso. É que o individual geral tem quatro aparelhos. E pra mim é muito pesado fazer os quatro aparelhos“, esclareceu.
Ela contou as modalidades que ainda pretende se apresentar, mas evitou cravar algo sobre seu futuro. “Talvez eu faça um salto com uma paralela. Ou se precisarem de mim eu faço uma trave. Mas o solo, em específico, eu não vou mais fazer porque exige muito. Mas foi o que eu falei na coletiva de imprensa, vai que dá um ‘tchan’ na minha cabeça, vai que o meu corpo melhora. A gente faz muita fisioterapia, os médicos estão sempre evoluindo os tratamentos com a gente“, revelou.
Aos risos, Rebeca completou: “Graças a Deus, isso pra gente é muito bom. Então, vai depender muito do futuro. Eu não vejo o futuro, só Deus sabe o futuro, sabe? Mas, nos meus planos, eu pretendo não fazer mais o individual geral. Mas está tudo certo, gente, vocês ainda vão me ver, tá bom? Fiquem calmos!“. Assista:
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