Durante a competição de ginástica rítmica das Olimpíadas de Paris, nesta quinta-feira (8), Noémi Gelle, técnica da ginasta húngara Fanni Pigniczki, gerou controvérsia ao fazer um gesto enquanto esperava a nota da sua atleta na apresentação nas maças do individual geral.
Sentada na área de competição e visivelmente em foco pela câmera de transmissão dos Jogos, Gelle fez um gesto com as mãos que foi interpretado por alguns como um “sinal de supremacia branca”, o que levantou debates sobre o incidente.
O gesto em questão consiste em mostrar com os dedos uma combinação das letras “W” e “P”, que juntos formariam o “White Power” ou “Poder Branco”, em tradução literal. O momento gerou revolta nas redes sociais:
Algo muito sério aconteceu hoje: Noemi Gelle, treinadora da equipe húngara, faz um gesto de supremacia branca.
Uma resposta ao pódio de mulheres negras + a treta da Romênia. Um absurdo e o COI tem que fazer o banimento imediato dessa racista!pic.twitter.com/JSn849ZjeR— Thuane (@thuxthuane) August 8, 2024
Após a repercussão, o UOL tentou entrevistas Gelle durante a competição na Arena La Chapelle, ainda hoje (8), mas não teve sucesso. No entanto, o Comitê Olímpico da Hungria se manifestou sobre a controvérsia e negou que a intenção da profissional tenha sido cruel.
Ao veículo, a organização destacou que o objetivo de Noémi “era que o desempenho de sua atleta fosse uma marca de excelência” e que “não há conteúdo intencional em seu sinal”.
Já a FIG (Federação Internacional de Ginástica) declarou estar ciente do ocorrido, mas não emitiu qualquer posicionamento oficial. O Comitê Olímpico Internacional (COI) também não se manifestou.
Este não foi o primeiro caso do tipo durante os Jogos Olímpicos de Paris. Nas provas do skate street feminino, um funcionário da OBS, o serviço de transmissão olímpico, foi flagrado fazendo um gesto semelhante e teve sua credencial das Olimpíadas revogada.