A cantora e coreógrafa Paula Abdul processou o produtor executivo Nigel Lythgoe por assédio sexual. Segundo documentos obtidos pelo TMZ, a ex-jurada do “American Idol” afirmou que Lythgoe a assediou sexualmente em duas ocasiões: uma durante a primeira temporada do reality show musical, que estreou em 2002, e outra vez durante sua gestão no “So You Think You Can Dance”. Ela também o acusou de agredir sexualmente sua assistente.
De acordo com o veículo, em seu depoimento, Paula alega que Lythgoe a encurralou contra a parede de um elevador. Ele então apalpou seus seios e partes íntimas, além de tentar beijá-la à força. “Abdul tentou afastar Lythgoe dela e informá-lo de que seu comportamento não era aceitável”, acrescenta o documento.
Ela diz que retornou ao seu quarto de hotel assim que conseguiu escapar do elevador. Na sequência, a coreógrafa teria ligado para seus agentes para denunciar o ocorrido, mas decidiu não expôr a situação publicamente por medo de ser demitida da competição de talentos.
O segundo caso aconteceu anos depois, em 2015, época em que Abdul atuava como jurada no “So You Think You Can Dance”. Paula foi convidada para um jantar na casa de Lythgoe e compareceu ao local “acreditando se tratar de um convite profissional“. Entretanto, Nigel teria supostamente “forçado-se para cima de Abdul enquanto ela estava sentada em seu sofá“.
Em seguida, o produtor teria “tentado beijá-la enquanto proclamava que os dois fariam um excelente ‘casal poderoso'”, revelou o processo. Abdul diz que “empurrou Lythgoe para longe dela, explicando que ela não estava interessada em suas investidas”, e então deixou sua residência. Antes de sair, o produtor teria provocado Paula, dizendo que ele “não poderia ser punido legalmente” pelo assédio.
Um terceiro episódio narrado por Paula também consta na ação judicial. A cantora disse ter presenciado uma suposta agressão perpetrada por Lythgoe contra a assistente dela. O assédio teria ocorrido em abril de 2015. “Uma noite, Lythgoe se aproximou de Abdul e April [a assistente] por trás, pressionou-se contra April e começou a apalpá-la. April não consentiu”, diz a documentação.
Além do processo contra o executivo, Paula também abriu uma ação contra as empresas que produziam os programas. O processo nomeia Lythgoe, a 19 Entertainment Inc., a FremantleMedia North America Inc., a American Idol Productions Inc. e a Dance Nation Productions Inc.
Nas acusações, ela diz ter sido vítima de agressão e assédio sexual, violência de gênero e negligência. “[Fui] discriminada em termos de remuneração e benefícios em comparação com um dos jurados do programa e o apresentador, e alvo de constantes insultos, intimidação, humilhação e assédio”, disse ela. Paula trabalhou no reality “American Idol” entre 2002 e 2009.
A ação foi movida de acordo com a Lei de Abuso Sexual e Responsabilidade de Acobertamento dos Estados Unidos, que permite que ações civis de agressão sexual sejam instauradas mesmo que o prazo de prescrição tenha expirado. Até o momento, nem a artista ou os réus do processo se manifestaram publicamente sobre as acusações.
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