Uma denúncia de homofobia percorreu a web nesta terça-feira (6). Por meio de suas redes sociais, Rafael Gonzaga apontou que recebeu xingamentos e injúrias de uma mulher pelo fato de ser gay. O caso ocorreu em uma padaria no centro de São Paulo, no sábado (3), e está sendo investigado pela polícia.
No texto, que acompanhou vídeos do momento, Rafael contou que estava com Adrian Grasson Filho quando foi ofendido. “Passar pela situação de ser agredido e ofendido aos gritos publicamente em função da orientação sexual é algo repulsivo, primitivo, desumano. Não sabemos quem é essa mulher. Queremos justiça e peço a ajuda de todos compartilhando esse post”, escreveu. Veja:
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De acordo com o g1, o estabelecimento fica localizado no bairro de Santa Cecília. O portal compartilhou trechos do depoimento que as vítimas deram à polícia. Segundo os rapazes, tudo começou quando duas mulheres e um homem estavam em pé, parados em uma vaga do estacionamento. Ao notarem o carro se aproximando, dois deles liberaram o espaço para que o veículo se estacionasse, mas uma das mulheres permaneceu parada no local com os braços cruzados.
Eles afirmam que a mulher ainda empurrou o retrovisor do automóvel e disparou gritos com termos homofóbicos. “Eles são veados e podem fazer o que querem, só porque dá o c*. Os valores estão sendo invertidos. Eu sou de família tradicional, eu tenho educação”, disse ela, aos berros, em um dos registros.
A agressora foi contida por outras pessoas que estavam na padaria, mas, de acordo com as vítimas, ela chegou a atirar um cone contra os dois. Um dos denunciantes afirmou que teve o rosto atingido pela suspeita. “Sou mais mulher do que você. Eu sou mais macho que você. Tirei sangue seu, foi pouco”, continua ela.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública confirmou que os dois homens foram vítimas de injúria e lesão corporal na ocasião. “As vítimas relataram que, ao chegarem de carro a uma padaria, foram abordadas por um grupo de pessoas, sofrendo agressões físicas. Durante o incidente, um dos agressores lançou um cone de sinalização em direção às vítimas. O caso foi registrado como preconceitos de raça ou de cor (injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional) e lesão corporal pela Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) nesta segunda-feira (5)”, descreveu o comunicado.
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