Shakira falou abertamente sobre as infidelidades de Gerard Piqué. Em nova entrevista à revista People, nesta segunda (26), a artista detalhou o momento exato em que soube estar sendo traída e ainda como foi que a “notícia” chegou até ela.
No último ano, a voz de “Te Felicito” enfrentou dificuldades com a saúde do pai, William Mebarak Chadid. De acordo com Shaki, ela estava na UTI de um hospital acompanhando o pai adoentando quando descobriu ter sido traída, através de matérias publicadas na imprensa.
“Ele (William) foi a Barcelona para me consolar depois que fui consumida pela tristeza por causa da minha separação”, contou Shakira. “Enquanto ele estava na primeira comunhão de Milan, ele ficou gravemente ferido em um acidente. Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Minha casa estava caindo aos pedaços. Eu estava descobrindo pela imprensa que havia sido traída enquanto meu pai estava na UTI”, lamentou.
Ao veículo, Shaki admitiu acreditar, na época, que “não sobreviveria” às dificuldades: “O homem que mais amei na vida, meu pai, estava me deixando quando eu mais precisava dele. Não podia falar com ele ou falar com meu melhor amigo sobre os conselhos de que tanto precisava”.
A cantora destacou, ainda, a relação do pai com a mãe, Nidia Ripoll Torrado. Em uma alfinetada a Piqué, ela disse esperar que o casamento deles seja um exemplo para os filhos, Milan e Sasha, mesmo em meio ao fim turbulento da relação com ex-jogador. “Meu pai é o maior exemplo de resiliência, e minha mãe está ao seu lado dia e noite. Ambos têm sido um reflexo daquele sonho que não se tornou realidade para mim. Mas espero que sejam modelos para meus filhos de amor, de paciência nos relacionamentos, de devoção absoluta e entusiasmo pela vida”, pontuou.
Questionada sobre a nova fase não só em sua vida pessoal, mas também profissional, Shakira admitiu estar “muito animada” para compartilhar com o mundo suas novas músicas. A cantora confirmou que as composições abordam a “narrativa que se desenvolveu junto com os eventos da minha vida” e ainda os diferentes estágios de seu desenvolvimento pessoal.
“[As músicas] contam as diferentes fases pelas quais passei: espirituais, mentais, e até físicas. Já passei por negação, raiva, dor, aceitação, tristeza, esperança, decepção, esperança de novo, ilusão. Tantas emoções e sentimentos que às vezes pareciam ser encontrados, parecia que não poderiam coexistir ao mesmo tempo dentro de mim, que só consegui desvendar através das minhas canções, me entender um pouco melhor, não me explicar, não para me justificar, apenas para me entender, me entender e me aceitar”, refletiu.
“Tem dias que me sinto forte, tem dias que sinto que já vivi tantas coisas difíceis, que posso aguentar qualquer coisa. Toda a minha vida tive medo de enfrentar as coisas que tive que enfrentar no final, e sobrevivi a elas. Achei que não conseguiria, porém, a resiliência do ser humano é inesgotável, e mais ainda a da mulher. Porque agora eu entendo, mais do que nunca, o que significa ser mulher, eu vivi isso em primeira mão e posso entender o significado de ser mulher em todos os sentidos da palavra. Eu me sinto como uma mulher até a medula dos meus ossos. E isso também significa ser frágil e vulnerável às vezes. Mas também, exatamente o oposto”, acrescentou.
Desde a separação com Piqué, há pouco mais de um ano, Shakira lançou vários hits, entre eles “Music Sessions #53” com o DJ Bizarrap. A música alcançou o primeiro lugar global no Spotify e o trecho “as mulheres não choram mais, as mulheres faturam” se tornou um “ditado popular” na web, servindo para empoderar milhares de mulheres.
Para a diva, esta canção, bem como todos os seus outros trabalhos musicais, foram responsáveis por ajudá-la a continuar em meio às dificuldades. “A música salvou minha vida e me deu asas para voar. Permitiu-me ser eu mesma, me salvou nos momentos mais difíceis. Se conectou com quem eu realmente sou, quando senti que estava me perdendo. Quando não me reconhecia, a música era meu espelho”, contou ela.
O sucesso, no entanto, veio como uma grande surpresa. “Não esperava ter dois números 1 globais consecutivos no início do ano. Acho que o mais importante foi como tantas pessoas se sentiram representadas nas letras e no sentimento dessas duas músicas, que foram muito pessoais para mim, mas que ecoaram com tantas outras mulheres, que me fizeram sentir acompanhada e irmã”, destacou, se referindo também ao hit TQG, com Karol G. Ouça abaixo:
Por fim, a colombiana abriu o jogo sobre sua adaptação à mudança da Espanha para Miami, EUA. Mesmo com muito trabalho, Shaki pretende se dedicar aos filhos, Sasha e Milan, que estariam enfrentando muitos “ataques da vida”.
“Sonho em ver que meus filhos vão superar todos os ataques da vida, que a dor que enfrentaram injustamente só os tornará mais compassivos e empáticos, mais fortes e mais nobres. Que eles possam ser completamente felizes e que um dia possam desfrutar de uma família com a qual não poderíamos oferecer-lhes e que possam se tornar homens livres, mas bons. Felizes, mas cuidadosos com os outros. Que cuidem de suas futuras famílias com coragem e honestidade. Que tenham valores e um propósito de vida que transcenda a si mesmos”, pontuou.
“Agora isso é um desafio. Meu tempo livre, que é pouco, tive que dedicar este ano a lutar para manter meus filhos, meus pais, minha nova vida fora da Espanha. Fornecer um novo lar para meus filhos [em Miami]. Procuro trabalhar ou fazer algo divertido quando os filhos estão na escola ou quando estão com o pai, o resto do tempo estou com eles e para eles, e trabalho para oferecer a eles uma estrutura que lhes dê estabilidade. Aos poucos estou conseguindo, reconstruindo o ninho”, concluiu a artista.
Após uma sequência impressionante de hits, como “Te Felicito”; “Monotonia”; “Bzrp Music Sessions, Vol. 53”; “TQG” e Acróstico”, Shakira prepara um novo lançamento. Nesta quinta-feira (29), ela estreia a aguardada “Copa Vacía”, parceria com Manuel Turizo.
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