Olhem só essa história… Em dezembro de 2010, a Sony Music lançou o primeiro álbum póstumo de Michael Jackson, com canções, que teriam sido gravadas, mas não utilizadas pelo Rei do Pop, antes de sua morte em 2009. Ocorre que das 10 faixas do disco, pelo menos três seriam na verdade uma farsa, com vocais de um imitador de Michael!
Tudo começou na época do lançamento quando Randy Jackson, um dos irmãos do astro, questionou a veracidade das músicas. Quatro anos depois foi a vez de uma fã de Michael, Vera Serova, dar início a um processo judicial, acusando os amigos de longa data do artista James Victor Porte; Eddie Cascio, e sua produtora, a Angelikson Productions LLC de criarem e venderem músicas ‘falsas’ através da Sony.
De acordo com os documentos judiciais – obtidos esta semana pela especialista em redes sociais Karen Civil e publicados pelo site especializado em música Spin – as faixas “Monster,” “Keep Your Head Up,” e “Breaking News” não teriam sido cantadas por Michael! Incialmente, Eddie e Porte alegaram que a estrela teria gravado as canções no porão de Cascio em 2007, sem, no entanto, fornecerem evidências. A família de Jackson contestou e Serova, por sua vez, conseguiu comprovar no tribunal que as músicas traziam na verdade as vozes de Jason Malachi, um imitador de Michael.
A fã, juntamente com a equipe de Jackson, apontou várias inconsistências nas faixas, como a ausência da assinatura do artista através de toques com os dedos e os pés no registro. A acusação ainda foi apoiada por um relatório de 41 páginas do audiologista forense Dr. George Papcun, que concluía que a voz não era do artista. Na última terça-feira (21), a Sony Music Entertainment finalmente admitiu no Tribunal de Apelação da Califórnia que “Monster,” “Keep Your Head Up,” e “Breaking News” haviam de fato sido gravadas por um imitador.
A empresa, entretanto, argumentou que as canções foram fornecidas pelos irmãos Cascio e James como músicas originais de Michael Jackson e que a gravadora teria acreditado de boa fé. O Tribunal de Recurso decidirá nos próximos dias se a Sony deve permanecer como réu no caso ou se deve ser absolvida e autorizada a continuar vendendo o disco alvo da farsa. O processo contra os irmãos James e Eddie seguirá de toda forma.