Na manhã desta quinta-feira (22), terminou o prazo estimado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos sobre a quantidade de oxigênio dentro do submarino desaparecido no Oceano Atlântico. O submersível, chamado de Titan, sumiu no último domingo (18) com cinco tripulantes, durante uma expedição até os destroços do Titanic.
O cálculo das autoridades consideravam que os passageiros teriam 96 horas de ar a partir do momento em que eles iniciaram a viagem. Porém, algumas variáveis podem dificultar o processo, já que não é possível saber a quantidade exata de oxigênio que cada um está consumindo. Desde o desaparecimento, equipes do Canadá e dos Estados Unidos, com auxílio de embarcações francesas, buscam sinais no oceano.
Ontem (20), uma aeronave canadense captou ruídos subaquáticos e criou expectativas sobre a sobrevivência dos tripulantes. Após os relatos, a Guarda Costeira disse que mudou o foco da operação para o local onde as batidas foram registradas. Apesar disso, ainda é incerto se o barulho seria mesmo do submersível.
Na manhã de hoje, um navio francês com um robô de mergulho desacelerou enquanto fazia buscas no local onde o submarino perdeu o contato com a base. A diminuição na velocidade, segundo o g1, pode significar que a sonda conectada à embarcação tenha encontrado algo. Até o momento, porém, nada foi confirmado.
A profundidade em que o submersível estaria também é um fator preocupante. Segundo um relatório da imprensa norte-americana, uma embarcação oficial da Marinha só poderia descer até uma profundidade de cerca de 600 metros. Os destroços do Titanic, por outro lado, estão a 3.900 metros de profundidade.
O transatlântico, maior navio de sua época, bateu contra um iceberg em sua viagem inaugural de Southampton a Nova York, em 1912. Dos 2.200 passageiros e tripulantes a bordo, mais de 1.500 morreram. Os destroços foram descobertos pela primeira vez apenas em 1985, a cerca de 3.900 metros (12.500 pés) abaixo da superfície do oceano, a 650 km da Costa do Canadá.
Neste momento, as autoridades trabalham com três hipóteses: o submarino pode estar no fundo do oceano; pode estar flutuando na superfície; ou pode ter implodido com a pressão da coluna de água.
A expedição para o Titanic
Na segunda-feira (19), a Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou que estava procurando por um submarino e sua tripulação que desapareceu no mar durante uma expedição para ver os destroços do Titanic. O passeio foi organizado pela empresa de turismo marítimo OceanGate Expeditions, que cobra US$ 250 mil, cerca de R$ 1,19 milhão, por cada passageiro. A expedição começou na última sexta-feira (16), partindo de Newsfoundland, no Canadá, mas a descida teve início no domingo (18). O módulo perdeu a comunicação depois de 1h45 de viagem.
A operação de busca está sendo feita com as Forças Aéreas dos Estados Unidos, do Canadá e da França. A bordo estão cinco pessoas: Stockton Rush, piloto do submarino e diretor-executivo da OceanGate; o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Suleman; o bilionário britânico Hamish Harding e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, principal especialista no naufrágio do Titanic.
Recentemente, o jornalista David Pogue, que também já participou da expedição, revelou à BBC detalhes da embarcação e se há possibilidade de resgate. Saiba mais clicando aqui.
Veja como é o interior do submarino:
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