Na noite desta segunda-feira (16), a universitária Mayara Roquetto Valentim, de 23 anos, foi encontrada morta na estrada da Serra da Paulista, em São João da Boa Vista, no interior de São Paulo.
Segundo informações da Polícia Civil, Mayara foi encontrada por volta das 11h de ontem, após sair para uma caminhada no fim de semana. Os familiares teriam estranhado a demora e então tentaram contatá-la, sem sucesso. Na sequência, o desaparecimento da universitária foi relatado às autoridades.
Com o auxílio de agentes da Polícia Civil, a família promoveu buscas, com amigos da jovem, na área da mata em que ela costumava caminhar. A estrada da Serra da Paulista, onde o corpo foi encontrado, tem mais de 18 km de extensão e faz parte do circuito da Caldeira do Vulcão de Poços de Caldas e do Caminho da Fé. O local é bastante frequentado por moradores da cidade.
Em meio à floresta, um amigo da família então identificou o corpo de Mayara, que apresentava ferimentos de faca no braço, mão, tórax e cabeça. A jovem estava em uma ribanceira onde havia diversas pedras. Na sequência, o corpo dela foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de São João da Boa Vista.
Hipóteses
Ainda ontem, a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o que realmente causou a morte da universitária. Até então, a investigação trabalha com a hipótese de que Mayara tenha sido assassinada por um homem que tentou matar uma vizinha dela, a tiros, na noite do último sábado (14), mas não conseguiu devido à falha no gatilho.
Um chinelo foi encontrado no lugar do crime e, de acordo com as autoridades, foi reconhecido pela mãe do suspeito como sendo do filho. O calçado estava a cerca de 400 metros do local onde o corpo de Mayara foi encontrado, bem como uma lona, que foi localizada por um cão farejador.
A polícia acredita que o suspeito pode ter dormido na mata após fugir, na noite do sábado. Ao que tudo indica, Mayara estaria “no lugar errado e na hora errada” quando foi atacada. De acordo com o delegado Fabiano Antunes, responsável pelo caso, Michael Douglas da Silva seria o autor do crime. O rapaz está sendo procurado pela polícia e um mandado de prisão preventiva foi aberto contra ele.
Segundo o UOL, os familiares de Mayara ainda não entendem o que aconteceu. Eles apontam que a universitária era muito querida por todos e não tinha inimigos. “A Mayara era uma pessoa sempre preocupada com os animais, com o meio ambiente e com o próximo. Sempre fazia de tudo para deixar as pessoas bem. Ela gostava de curtir a vida e tinha o propósito de deixar as pessoas mais humanas, de aceitar as pessoas como elas são. A Mayara era uma irmã e amiga muito querida por todos”, recordou Marcela Valentim, irmã da vítima.
Mayara cursava ciências biológicas na Unicamp, em Campinas, onde morava desde 2017. Ela passava o fim de semana na casa dos pais em São João da Boa Vista quando foi assassinada.
