Vídeo: Jornalista que foi presa por homofobia em SP faz novas ofensas após soltura

Adriana Catarina Ramos de Oliveira foi solta após um primeiro incidente no sábado

Dois dias após ser presa por ofensas homofóbicas a um homem em um shopping da zona oeste de São Paulo, a jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira voltou a ser flagrada, nesta segunda-feira (16), proferindo ataques a moradores do prédio onde vive. Em vídeos divulgados nas redes sociais, ela chama os vizinhos de “b*iola depilada”, grita repetidamente que um deles “dá o c*” e afirma que o homem “não tem p*nto”.

A nova denúncia foi feita por Gustavo Leão, que publicou o relato sobre o episódio no condomínio. “Hoje Matteus Câmara, Danilo Amorim e eu fomos vítimas de ataques homofóbicos graves e revoltantes dentro do nosso próprio condomínio”, escreveu. Segundo ele, Adriana costuma adotar uma postura agressiva com outros moradores: “Ela é uma mulher lúcida, plenamente consciente de seus atos. Não se trata de um surto ou desequilíbrio. Trata-se de uma postura arrogante e recorrente”.

Apesar de ter cometido o mesmo crime, Gustavo afirma que Adriana segue livre. “Mesmo sendo reincidente, pois neste final de semana aconteceu o mesmo no Shopping Iguatemi. Isso é inaceitável”, denunciou. No mesmo relato, ele agradeceu aos vizinhos e à Polícia Militar, que teria conduzido a agressora até o 2º Distrito Policial, no centro de São Paulo. “Agora, tomaremos todas as medidas legais, e já estamos dando entrada em uma queixa-crime na Polícia Civil. Homofobia não é opinião. Não é desabafo. É crime. E precisa ser tratado como tal”, finalizou.

Assista aos vídeos:

Ao hugogloss.com, Gustavo contou que tudo ocorreu em um prédio de Higienópolis por volta das 16h, mas não teria sido a primeira vez. “A gente já vinha passando por isso há alguns dias com ela, mas hoje foi a gota d’água. Ela fez isso na frente de todo mundo, o prédio inteiro presenciou. As calúnias dela sempre foram gratuitas”, relatou. Segundo ele, Adriana voltou a ser solta após o novo ocorrido porque uma queixa crime precisa ser prestada em uma delegacia de Polícia Civil. “O que a gente poderia fazer a gente já fez”, lamentou.

Leão também lembrou a prisão de Adriana no sábado (14), quando ela foi detida em flagrante por chamar o gerente de projetos Gabriel Galluzzi de “b*cha nojenta” e “assassino” dentro de uma cafeteria no Shopping Iguatemi. O caso foi registrado como injúria no 14º Distrito Policial de Pinheiros. Segundo o relato, ela começou a gritar com o atendente e, ao ser repreendida, passou a ofendê-lo com insultos homofóbicos.

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“Ela começou a falar um monte, ofender ele de todos os jeitos, falar ‘pobre’, ‘b*cha’, todas as palavras de baixo calão possíveis… ‘b*cha nojenta’, ‘pobre’, ‘você não deveria estar aqui’”, relatou uma testemunha.

Polícia voltou a ser chamada por conta das atitudes da jornalista (Foto: Reprodução/Instagram)

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Depois de quatro horas na delegacia, a jornalista gravou um vídeo em que disse ter sido vítima de deboche e etarismo, e afirmou que reagiu após ser provocada. “Eles estavam rindo de mim, falaram que eu tinha que ser anestesiada […] Aí, ele se manifestou, disse ‘fala baixo’, ‘cala a boca’. […] Houve aquela confusão na hora, eu chamei ele de ‘b*iola’. Xinguei mesmo. Ele já tinha me xingado de ‘velha’”, declarou. Ainda segundo ela, o episódio ocorreu enquanto lidava com uma questão de saúde: “Eu estava ao telefone, eu vou ser operada no dia 27 do joelho, vou colocar uma prótese […]. Estou muito ansiosa, muito nervosa, comecei a chorar ao telefone”.

O Shopping Iguatemi lamentou o ocorrido e afirmou, em nota, que prestou todo o apoio necessário às autoridades. “O empreendimento reforça que o respeito à diversidade — em todas as suas formas — é um valor inegociável e repudia qualquer ato de discriminação e intolerância”, disse o texto. Relembre detalhes, clicando aqui.

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