Ao ver treta nas redes, ex-integrante do CQC faz desabafo e critica Marcelo Tas: ‘Tem algo no meu peito há muitos anos’

Ao notar uma treta entre Marcelo Tas e Leandro Demori – editor do site “The Intercept Brasil” – nesta segunda (29) no Twitter, o humorista Ronald Rios, que trabalhou com o primeiro no extinto CQC resolveu se abrir. “Tem algo no meu peito há muitos anos“, admitiu o rapaz, antes de enumerar alguns dos porquês de ter hesitado em se pronunciar.

Eu nunca pude falar para vocês primeiro por educação, depois ética, também questões contratuais e ultimamente para não me envolver com polêmicas vazias, mas pelo bem do Brasil: Precisamos desfazer o senso comum de que o Tas é intelectual“, disparou Ronald, em mensagem retuitada e curtida aos montes na rede social. Marcelo esteve à frente da bancada do “CQC” entre 2008 e 2014, enquanto Rios atuou na reportagem da atração da Band, de 2012 a 2014.

A crítica do humorista veio minutos depois de um desentendimento entre Tas e Leandro Demori, do Intercept, movimentar o Twitter. A controvérsia começou quando Demori contestou o que Marcelo havia falado mais cedo na CBN sobre a série de reportagens do site a respeito das mensagens vazadas atribuídas ao atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro. Na rádio, Tas afirmou que o “Intercept” teria recebido os chats por meio de um “whistleblower” – integrante que relata, voluntariamente, atos ilícitos da instituição da qual faz parte – e que o site teria compartilhado o conteúdo com outros veículos por pressão.

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Marcelo Tas, está errado isso aí. Jamais falamos isso. E a decisão de compartilhar o material foi nossa, e isso antes de publicar as primeiras reportagens, quando procuramos o Fantástico. Essa informação é pública. Dá um Google aí. Vale correção“, pontuou Leandro, sendo prontamente rebatido pelo atual apresentador do “Provocações”. “Negativo, Demori. Vocês publicaram sozinhos. Depois é que acordaram para o erro cometido. Respeito a ‘interligência’ [sic] de vocês e do público. Vamos em frente com transparência e discernimento. O resto é publicidade“, tuitou Tas.

Você disse que nós só procuramos parceiros depois de pressão pública, foi isso? Se foi, é mentira. Não cabe interpretação. Nós procuramos o Fantástico antes de publicar e já havíamos marcado com Folha“, interveio Demori. “Não entendeu? Eu repito: no início, o ‘Intercept’ publicou os dados sem compartilhar com nenhum veículo, com direito a teasers dos próximos capítulos à la Netflix. Depois, ao perceber o erro, usaram a Folha e a Veja como ‘parceiros’. Esses são os fatos que comentei na rádio CBN“, insistiu Marcelo.

O editor então se convidou para participar do “Provocações” para explicar suas alegações, mas recebeu um deboche do ex-Castelo Rá Tim Bum. “Quem sabe quando você tiver algo relevante a dizer. Você é jovem e tem talento. Boa sorte“. Sobre o episódio em específico, Ronald Rios ainda comentou: “Desrespeitou um trabalho sério. O chiste é necessário“.

Recentemente, em entrevista a Rafael Cortez, Marcelo relembrou os tempos de “CQC” e destacou que não voltaria a apresentar o programa ‘nem por um caminhão de dinheiro’. “Eu não preciso de dinheiro. Eu sempre fui muito rico. Dinheiro pra mim não é uma questão. “Não gosto dessa coisa de releitura. A gente precisa entender que a vida não tem take 2. Tem gente que quer repetir as coisas. ‘Ah tem uma coisa que deu certo, eu fui feliz, vou repetir’. Isso não existe. É uma ilusão“, explicou.

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Questionado sobre os comentários de que o programa teria ajudado a eleger o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que por repetidas vezes aparecia na atração, chamando atenção com suas frases controversas, Tas refutou a ideia. “Eu acho um equívoco absoluto as pessoas acharem isso, de que o CQC ajudou a eleger o Bolsonaro. A gente se esquece que o Bolsonaro foi eleito em 2018 e o CQC pra mim terminou em 2014“, contestou ele, sem reconhecer a repercussão proporcionada pelo programa ao então deputado federal. Assista: