A Disney acaba de ganhar três novas bruxas em seu hall de personagens poderosas. Estamos falando de Cloe, Latifa e Juno, as feiticeiras de “A Magia de Aruna”, nova série do Disney+. As magas, interpretadas respectivamente por Cleo, Erika Januza e Giovanna Ewbank, conversaram com a equipe do hugogloss.com, e contaram os bastidores da produção, que já está disponível no streaming. Além delas, a protagonista, Jamilly Mariano, Suzana Pires, intérprete da vilã Bruma, e Caio Manhente, que dá vida a Ariel, fiel escudeiro da jovem, também adiantaram o que os espectadores poderão conferir na primeira temporada.
Gravada na cidade do Rio de Janeiro, o seriado conta a história de Mima (Jamilly), uma adolescente que faz de tudo para esconder que tem um poder pra lá de especial: o de hiper empatia. Porém, ao participar de uma importante competição no colégio, ela acaba enfrentando um desafio que a faz perder o controle desse dom misterioso. A vida de Mima fica ainda mais complicada quando, sem querer, ela desperta as três Bruxas Guardiãs que estavam adormecidas há três séculos. A ausência das feiticeiras no mundo terminou causando uma crise solar, da qual a empresária Bruma (Suzana) tenta se aproveitar.
Sem o teor “magia”, a trama da atração se assemelha bastante com a vida de Jamilly Mariano que, aos 17 anos, se destacou como a personagem principal do programa enquanto conciliava o último ano da escola. A artista garantiu que usou sua própria experiência para compor a interpretação. “Apesar de ela ter poderes, ela é uma adolescente que está passando por todos os processos que uma adolescente passa. Com certeza eu me inspirei na minha vida pessoal. Eu tava passando por um momento parecido e queria trazer essas vivências pra Mima, não só da minha vida, como da vida dos meus amigos”, contou. “Detalhe, Jamilly ia gravar, estudar, e era a melhor aluna”, acrescentou Caio.
Quem também notou as semelhanças com a vida real foram Cleo, Erika e Gioh. Elas, inclusive, acreditam que as criadoras aproveitaram as personalidades de cada atriz para incorporar na caracterização das bruxas. Enquanto Juno (Gioh) é mais maternal e carinhosa, Cloe (Cleo) é debochada e desconfiada, e Latifa (Erika) é a responsabilidade em pessoa. “Quando a gente se encontrou depois de ter lido, a gente se perguntou: ‘Vocês acharam as personagens de vocês muito parecidas com vocês?’, e todo mundo: ‘SIM’. Aí a gente começou a falar com os diretores, com a galera da Disney e a gente acha que foi feito um pouco de propósito, que tem a ver com cada uma”, revelou Cleo.
Já Gioh ressaltou que, em certos momentos, era até difícil distinguir quando estavam atuando e quando estavam sendo elas mesmas. “As personalidades em cena afloravam mais ainda as nossas personalidades nas personagens. Era muito louco porque a gente se identificava igual nos dois lugares, em cena e fora de cena”, descreveu.
As três ainda falaram sobre a surpresa de terem sido “convocadas” para entrar no clã de bruxas da Disney. “Acho que todas nós sempre sonhamos em ser uma princesa da Disney, mas bruxa foi além das expectativas. Eu tinha a ideia da bruxa má, mas, ‘A Magia de Aruna’ vem pra mostrar que as bruxas nunca foram más, elas são mulheres incríveis, mulheres curandeiras”, afirmou Gioh.
“Adoro o universo que a Disney tem trazido das bruxas, o que fez elas se tornarem bruxas aos olhos dos outros, e acho que essa série fala muito do lado bom de ser bruxa. O quanto de coisa boa você pode fazer sendo uma bruxa”, comentou Cleo. Erika também relembrou ter recebido um mimo da plataforma como uma espécie de “iniciação” para o papel: “A gente até recebeu um kit dizendo: ‘Você agora é uma bruxa da Disney’. Isso foi tão emblemático pra mim”.
Diversidade é a chave!
Além de todo o conflito adolescente, a série também trata de assuntos essenciais para os dias de hoje, como mudanças climáticas, preconceito, adoção e feminismo. Escrita por Ana Pacheco e Maíra Oliveira, com base na ideia original de Cecília Mendonça, a atração se destaca pela diversidade dentro e fora das câmeras. “A série é sobre isso, é sobre não-exclusão, é sobre diversidade. Então, se a gente não tivesse uma equipe diversa, pessoas em cargo de liderança, não daria pra contar essa história de verdade”, disse Caio. Para Suzana, o propósito do seriado “significa muito e é muito emocionante”. “Acho que a Disney tem um DNA de inclusão e diversidade seríssimo já há muitos anos. Então, eu não esperava outra coisa”, analisou.
Jamilly, por sua vez, se sentiu honrada por assumir o protagonismo em uma plataforma como o Disney+. “Na minha infância, queria ter essa representatividade, queria poder me espelhar nessas pessoas. Hoje eu posso ser essa pessoa que as meninas vão assistir e pensar que é possível chegar”, comemorou. Cleo complementou o pensamento da colega: “Quando você é criança, você está na sua formação e recebe essas ideias, você já consegue crescer com esse olhar de inclusão naturalizado, não vira uma questão pra você. A gente precisa de uma sociedade mais assim”.
Segundo Erika, toda a questão da diversidade foi pensada muito antes das gravações. “A gente teve várias conversas a respeito do tema da diversidade, da inclusão, e isso está presente também em quem vai assistir. Visualmente você entende que os recados estão sendo colocados ali. Ter uma protagonista negra, como a Jamilly, eu estar lá, uma roteirista, várias mulheres nesse lugar de protagonismo… tem vários símbolos nessa série que trazem pra gente muitos significados muito importantes”. A roteirista citada pela atriz, Maíra, inclusive faz uma pontinha no programa como uma bruxa iniciante. Seu trabalho na série fez com que ela virasse a primeira mulher negra a assinar uma criação da Disney Brasil.
Poderes em ação!
Entre os destaques da série, estão, é claro, os poderes de cada uma das Bruxas Guardiãs. Enquanto Juno controla a água, Latifa é responsável pelos minerais e Cloe domina as ervas e poções. As atrizes até têm ideia de como usariam seus dons para ajudar no mundo real. “Eu faria poções que mexeriam com a forma como as pessoas aprenderam a encarar o convívio social, eu acho que isso seria uma boa mudança”, sugeriu Cleo. “Você ia replantar tudo! A gente ia voltar a ter o planeta que a gente tinha”, acrescentou Gioh. E continuou: “O meu poder é o da água. Eu ia tentar amenizar tudo o que a gente já fez com o Planeta Terra e tudo o que o planeta já sofreu. As queimadas iam acabar!”.
Para Erika, seu maior trabalho seria quebrar correntes e dar oportunidades para pessoas. “Às vezes têm coisas tão difíceis na nossa sociedade que até com poderes, a gente não sabe muito bem por onde começar. Eu tenho o poder dos minerais… Eu acho que eu tenho muita corrente pra quebrar, muita porta pra abrir pra salvar muita gente. Esses poderes, se existissem mesmo, a gente teria muita coisa pra fazer”, analisou.
Mima não fica de fora dessas! Com sua hiper empatia, Jamilly acredita que ela terminaria virando uma espécie de psicóloga se o poder existisse no mundo real. “Ela acaba sabendo de todos os pensamentos que as pessoas têm em relação a ela e isso não é fácil. Acho que se eu fosse escolher um poder, talvez eu não escolheria esse, pela responsabilidade. Mas ela consegue transformar aquilo que ela recebe de ruim das pessoas em algo bom e isso ajuda ela a entender mais as pessoas, entender ela própria. Eu ia ser uma terapeuta, eu acho”, brincou.
Bruma também tem um grande dom na série: o de atazanar a vida de Mima e suas amigas Bruxas. Kkkk Para Suzana, a personagem mostrará sua vilania com o passar de cada episódio. “Ela é uma personagem que vai se revelando. A partir do quarto episódio, não tem mais como ela esconder o tamanho da ambição dela e também da dor, o porquê de ela ter se tornado a pessoa que ela se tornou. Nesse sentido ela é parecida com a Malévola e você fala: ‘Dá pra entender porque ela ficou desse jeito'”, descreveu.
Suzana ainda prometeu várias maldades contra a mocinha adolescente: “Ela vai revelar toda a sua maldade em cima da Mima, em cima da Jamilly. E a gente ficou super amiga e era super difícil fazer”. UAU! É disso que a gente gosta! Assista à entrevista completa:
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