Talvez você não reconheça Ava Max direto pelo nome, mas muito provavelmente já ouviu o hit dela de 2018 “Sweet but Psycho”, que juntou mais de dois milhões de streams ao redor do mundo, ficou três semanas no Top 10 da Billboard Hot 100 e foi considerada uma das melhores músicas do ano pelo “The New York Times”. A cantora de Wisconsin, Estados Unidos, está prestes a lançar seu primeiro álbum de estúdio, “Heaven & Hell”, e conversou com o hugogloss.com sobre sua carreira.
Apesar de ter bombado mundialmente há apenas dois anos, Ava nutre uma relação com a música desde pequena, especialmente por causa da mãe, que é cantora de ópera. “Minha mãe me influenciou muito, porque ela sempre cantava pela casa, ela me acordava para ir para a escola, como se estivesse na ópera e eu ficava tipo: ‘Mãe, para’. Mas em seguida, eu já começava a cantar com ela, o que era muito legal. Ela me apresentou diversas músicas”, ressaltou a artista.
Além da mãe, ela também contou com a influência dos tios, que tinham suas próprias bandas. “Um dos meus tios era obcecado pela Shania Twain e o outro pela Mariah Carey. Eles brigavam para dizer que a favorita de cada um era a melhor cantora de todas. Então eu aprendia todas as músicas da Shania Twain e da Mariah Carey, porque meus tios as amavam. Era divertido”, relembrou.
A carreira de Ava começou a tomar forma quando ela se mudou para Los Angeles e, por acaso, acabou cantando “Parabéns pra Você” para Cirkut, produtor de artistas como Rihanna, The Weeknd. Beyoncé e Britney Spears. Desde então, os dois passaram a trabalhar juntos e formaram uma parceria de sucesso que resultou em várias músicas, incluindo “Sweet but Psycho”.
“Essa canção mudou drasticamente a minha vida. Eu não consigo nem colocar em palavras. Mudou a minha vida em 360° (sic), e eu não queria que fosse nem um pouco diferente disso”, garantiu a estrela. “Muitas pessoas me perguntam se eu me sinto pressionada [a fazer um sucesso desse nível] com outras músicas, mas para ser sincera eu só me sinto muito grata por ‘Sweet but Psycho’. Por toda a repercussão que ‘Kings & Queens’ tem tido e ‘So Am I’, e ‘Torn’… Todas essas experiências foram tão incríveis! Toda música e todo clipe são experiências diferentes, e eu sou muito grata por tudo”, completou ela.
Para o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, a cantora investiu em produções grandiosas e em muito conceito, dividindo o disco em Lado A para representar o “Heaven” (Paraíso), e Lado B para o “Hell” (Inferno). De acordo com Max, isso representa a dualidade das coisas de modo geral e também a sua personalidade “indecisa”. “Tem dias em que eu me sinto alegre e saltitante e outros nos quais eu me sinto pesada e pra baixo, acho que todo mundo se sente assim. É uma espécie de humor sabe, o álbum é construído pelos sentimentos de leveza e alegria, e vai até os sentimentos mais sombrios”, explicou.
A dualidade do disco, aliás, é algo que a artista também leva no próprio cabelo, que é metade comprido e metade curto. Apesar de usar muitas perucas, ela garantiu que o corte é real. “É engraçado na verdade, porque eu uso muitas perucas, para ensaios fotográficos e clipes, porque não gosto de queimar meu cabelo com os aparelhos quentes, mas é o meu cabelo mesmo”, declarou. A ideia para o corte, que se tornou sua marca registrada, surgiu acidentalmente.
“Eu estava de brincadeira, cortando várias perucas de formas diferentes, pintando elas de formas diferentes, e de repente apareceu esse corte de cabelo. E quando ele apareceu eu fiquei tipo: ‘Sinto que gosto disso e nunca vi nada assim antes, acho que vou deixar rolar mesmo que as pessoas não gostem'”, relembrou ela. “Eu sinto que realmente faz parte da minha personalidade. E já que eu gosto de cabelo curto e cabelo comprido, por que não ter os dois?”, questionou.
Desde que surgiu no cenário, Ava se viu em meio a muitas comparações com Lady Gaga, justamente pelo cabelo excêntrico, clipes diferentões e a música pop. Apesar de se sentir honrada, a cantora percebe que isso ainda faz parte de uma cultura machista. “Eu acho ela incrivelmente talentosa. Mas é engraçado as pessoas compararem só porque faço música pop e tenho cabelos loiros”, ponderou.
“É interessante, porque não fazem essas comparações com homens. Não fazem isso com os homens, só com as mulheres. Então é uma pena que gostem tanto de fazer comparações nesse sentido, mas cara! Ser comparada com a Lady Gaga é maravilhoso, então tudo bem. Eu a amo, ela é incrível”, declarou a estrela, que ainda não teve a oportunidade de se encontrar com Gaga pessoalmente. “Meu Deus, seria uma loucura conhecê-la”, imaginou.
Max reforçou que seu álbum não terá nenhuma colaboração na tracklist, mas ela já traz em seu repertório, parcerias exitosas com o DJ norueguês Alan Walker, e o cantor espanhol Pablo Alborán. Se a loira já pensou em incluir um artista brasileiro na lista? “Meu Deus, sim. Anitta! Eu já a conheci, ela é um doce. A conheci no LOS40 Music Awards, ela foi incrível, então quem sabe, com a Anitta”, especulou ela, que é doida para vir ao Brasil. Ficaremos na espera, Ava!
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