Exclusivo: Billie Eilish fala sobre criação do álbum “Hit Me Hard and Soft” e relação com o Brasil; assista!

A cantora ainda revelou como a sinestesia teve relação com a estética escolhida para o aclamado disco

Ela bateu com força e suavidade no mundo da música com um álbum cheio de canetada! Billie Eilish está de volta com seu aclamado terceiro disco de estúdio, “Hit Me Hard and Soft”. Por isso, a superstar bateu um papo com Bruno Rocha, o nosso Hugo Gloss, para falar sobre os bastidores e o processo criativo do projeto. A cantora explicou o significado por trás do título, como a sinestesia teve um papel importante para a estética da era e ainda comentou sobre o relacionamento especial que tem com os fãs brasileiros.

Hit Me Hard and Soft

Billie contou que a inspiração por trás do nome do álbum veio de maneira bem curiosa. “Foi inspirado por um sintetizador que estávamos usando em uma música chamada “Bittersweet”, usávamos no final dessa música. Eu continuava vendo essa frase vez após vez, e eu não sabia que diabos era aquilo. Eu ficava constantemente sentada em uma cadeira editando meus vocais e eu via essa frase toda hora e fiquei tipo… Toda vez que eu via aquilo me atingia de uma forma diferente”, disse ela.

“E eu pensava inúmeras coisas sobre essa frase. Era como se eu nunca parasse de pensar nessa frase que vi. Então estávamos falando sobre títulos para o álbum e como ele nos fazia sentir, e eu lembro de dizer, tipo: ‘Como era aquela frase que dizia ‘Me bata forte e suave’?’. E nem era isso que realmente estava escrito. Mas era isso que eu meio que me lembrava. E lembro de Finneas apenas dizendo: ‘Isso soa tão legal!’. E eu estava tipo: ‘Sim, soa legal, mas para além disso é a coisa mais interessante que já ouvi'”, adicionou.

A estrela ainda afirmou que esta frase está relacionada não só com seu lado profissional, mas também pessoal. “Eu acho que a frase explicava de forma perfeita o álbum, e a mim como pessoa. Há muitas maneiras através das quais a frase realmente me descreve, parece comigo e com algo que eu diria e sentiria. E eu meio que deixo isso aberto para interpretação, mas tenho muitos motivos pelos quais o título desse álbum é importante para mim”, comentou ela.

Sinestesia e a cor azul

Para a nova era, Billie decidiu que o trabalho seria representado pela cor azul principalmente por causa da sua forte sinestesia. “Eu sabia desde o início que eu queria que a capa do álbum fosse de alguma forma debaixo d’água, e eu não sei o porquê. Eu não sei quando percebi isso, mas isso sempre esteve lá. Quero dizer, desde praticamente o momento em que começamos a fazer o álbum, eu sabia que queria que fosse debaixo d’água. E isso obviamente seria azul”, afirmou.

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“E então eu tive essa ideia toda com o azul, e tínhamos algumas músicas que tinham a ver com o azul e umas poucas músicas que tinham a ver com água e… havia apenas muitos tons de azul. E, sabe, minha sinestesia é apenas absolutamente forte, o tempo todo, com tudo. E com este álbum, quando me sentei para escrever quais eram todas as cores para cada música, havia muitos azuis, e acho que é isso. Quero dizer, muitas das músicas também têm muitas outras cores, então nem tudo é azul, mas há muitos temas azuis acontecendo”, adicionou.

LUNCH

Primeiro single do álbum, “LUNCH” já era uma das faixas queridinhas dos fãs apenas com o trecho divulgado pela artista antes do lançamento. Porém, o processo criativo da música levou um bom tempo. “Acho que escrevemos o gancho dessa música no início do outono de 2022, e na época, isso era tudo que tínhamos, e meio que pensamos, “Oh, tem alguma coisa aí”. Mas não sabíamos realmente para onde iria. E também como estávamos tão confiantes no que já tínhamos que nada parecia bom o suficiente ainda”, contou.

“Tentávamos trabalhar e não conseguíamos criar nada bom. E isso era muito frustrante. Então, ficamos meio que esperando por um tempo e depois voltamos a ela. E também, antes de escrevermos eu realmente ainda não tinha tanto a dizer quanto eu pensava que tinha, sabe? Depois vivi algumas coisas e vi que tinha muito a dizer. E, sabe, essa música reflete isso. E eu amo essa música também. Acho ela divertida”, destacou a artista.

Relação com o Brasil

É claro que a artista também falou sobre o seu relacionamento com os fãs brasileiros. Inclusive, ela ficou chocada ao saber que sua apresentação no Lollapalooza 2023 alcançou o feito de dia com maior público na história do festival. “Meu Deus, isso é tão legal!”, comemorou.

“Quero dizer, minha relação com os fãs brasileiros tem sido… É algo que eu valorizo muito. Eu já disse isso muitas vezes, mas a minha primeira conta de fã era ‘Billie Eilish Brasil’, e eu fiquei tipo, sem acreditar. Eu fiquei tipo: ‘Não! Espera, o quê? Como assim, Billie Eilish Brasil? Vocês gostam de mim e sabem quem eu sou no Brasil?’. Sim, foi tipo, meu Deus. Eu estava esperando e esperando muito para ir”, relembrou ela.

A estrela comentou que a espera foi tão longa para ela como foi para os seus fãs. “E levou anos e nunca íamos e eu ficava tipo: ‘Gente, eu quero ir ao Brasil! Meu Deus, não aguento mais esperar!’. Já tinha passado da hora de ir. Eu ia em 2020 e então aconteceu a Covid. Mas enfim, eu finalmente fui no ano passado! Na primavera de 2023. Foi muito especial, foi o show mais legal de todos. E a multidão era enorme e foi incrível. Era muito surreal, sabe, eu tinha sonhado em ir aí por tanto tempo e de repente estava aí. E voltarei! Em algum momento”, prometeu a cantora. Só vem, Billie!

Assista à entrevista completa:

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