Ela está de volta! Em 24 de maio, estreia na Netflix, “Atlas“, longa de ficção científica estrelado por Jennifer Lopez, Simu Liu e Sterling K. Brown. É claro que Bruno Rocha, o Hugo Gloss, conversou com o elenco, que lhe contou tudo sobre os bastidores da produção e como foi filmar utilizando Inteligência Artificial.
Na trama, Lopez interpreta Atlas Shepard, uma analista de dados que desconfia profundamente da inteligência artificial, embora seu pai seja o responsável por iniciar essa “nova era” da tecnologia. Além de sua descrença, ela também é reclusa, e leva uma vida solitária. Entretanto, Atlas é recrutada para capturar um robô rebelde de IA chamado Harlan (Simu Liu), com o qual ela compartilha um passado obscuro.
Harlan, criado para proteger a humanidade, se revolta contra sua missão e passa a atacar humanos. Assim, Atlas se vê forçada a trabalhar junto com o Coronel Banks (Sterling K. Brown) e um outro dispositivo de IA, este chamado Smith (Gregory James Cohan), para deter o robô rebelde e salvar a humanidade. Espia só:
Com a Inteligência Artificial sendo um ponto de contenda entre os grandes estúdios e a classe dos atores em Hollywood atualmente, a premissa do longa chamou muita atenção quando ele foi anunciado, em 2021.
Entretanto, segundo Lopez, a trama explora muito mais do que a tecnologia. “Foi ótimo trabalhar em um filme assim. Eu acho que, no fundo, mesmo que seja um grande filme de ação e de ficção científica, há uma história muito humana no cerne dele. Uma espécie de história de amor, a história de uma mulher aprendendo a se reintegrar à sociedade novamente e a voltar ao mundo dos vivos”, destacou a atriz.
“E acho que o Smith (IA) a ajuda nisso. E é engraçado, porque ela tem tanto ódio por eles no começo, ela jamais confiaria em IA, ou em qualquer pessoa. Todos a decepcionam, é isso o que ela acha. E vê-la atravessar essa situação, e sair do outro lado um pouco mais humana… Acho que eles fazem isso um pelo outro. E acho que é uma história bonita”, refletiu Jennifer.
Em vista de tantas polêmicas que circundam o tópico, Sterling K. Brown apontou que a sociedade precisa estar atenta, mas que também não dá para se fechar por completo para a IA. O ator, ressaltou, porém, que ele ainda não tem respostas para o tema. “Eu diria que precisamos estar atentos. É preciso ter cautela. Mas também acho que, ao se afastar do que é possível… Ao se proteger do que você pensa que poderia ser o pior, você se priva do que poderia ser o melhor. Então, estou tentando pensar: ‘Como me mantenho aberto para o que é bom, enquanto me protejo do mal?’. Eu não sei exatamente a resposta para essa pergunta, porque parece que, às vezes, um vem com o outro. Você tem que arriscar se machucar para aproveitar o amor. Acho que é apenas uma pergunta para as pessoas viverem com ela. Eu não tenho uma resposta ou um caminho a seguir, mas tenho essa pergunta para refletirmos. Se é que isso faz sentido, Bruno, do Hugo Gloss”, brincou ele.
Por fim, Simu destacou que o longa serve como um alerta sobre o impacto da tecnologia e a necessidade do olhar humano em certas situações. “Quando penso em inteligência artificial, eu acho que deveria ser uma narrativa preventiva. Eu acho que “Atlas” é uma história de advertência sobre o que acontece quando você coloca alguém ou algo que não é empático, em posição de responsabilidade e permite que eles tomem decisões, certo? Porque Harlan está no controle de seu pequeno movimento de terroristas robôs. E infligiu inúmeros assassinatos. De forma geral, é um ser muito psicótico e não empático. E eu acho que isso tem implicações em nossa sociedade hoje, porque eu acho que já estamos permitindo que dados e algoritmos informem muitas de nossas decisões. E eu acho que há situações nas quais isso é útil. E então há situações nas quais um elemento humano é necessário, porque você não pode simplesmente descartar comunidades inteiras ou populações de pessoas por causa de dados. Sabe? Precisamos ser empáticos. Este é o custo humano”, destacou ele.
O ator refletiu, ainda, sobre o atual uso da inteligência artificial nas artes. “Eu também penso sobre arte e sobre como a arte é criada. A arte é criada com propósito. A arte é criada com alma. E se você tem uma inteligência artificial que está montando pedaços de coisas, seja música ou artes visuais, ou vídeo… E não provém de uma alma, então isso realmente é arte? Eu argumentaria que não é. Então eu acho que há certas situações, nas quais é crítico que os seres humanos ainda estejam no controle e em cargos de responsabilidade”, concluiu.
O longa estreia em 24 de maio, na Netflix. Confira o bate-papo completo abaixo: