Sydney Sweeney pode até ter estrelado produções sombrias, mas parece que nada foi como “Imaculada“, pelo menos até agora! Em entrevista exclusiva a Bruno Rocha, o Hugo Gloss, a atriz revelou que sentiu medo de verdade enquanto filmava em uma catacumba. Amante do gênero terror, ela também expressou não ter tido receio ao entrar de cabeça nos temas religiosos para dar vida à irmã Cecilia. A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para esta quinta-feira (30).
Na trama do diretor Michael Mohan, a protagonista é uma jovem religiosa que se torna freira em um convento isolado na região rural italiana. Após uma gravidez misteriosa – uma resposta do século XXI à Virgem Maria -, Cecilia é atormentada por forças perversas, enquanto confronta segredos sombrios e horrores do convento.
Terror na infância
De acordo com Sydney, seu gosto pelo terror começou ainda na infância, por influência do pai. “Eu cresci amando filmes de terror. Meu pai é um grande fã, e ele me fazia assistir a tudo desde muito nova. O Halloween é o feriado favorito dele, e ele costumava me arrastar para coisas tipo”, afirmou.
“Tem uma coisa chamada ‘Halloween Horror Nights’, e eles transformam toda o parque da Universal em quase uma casa mal-assombrada gigante. E há todos esses labirintos assombrados diferentes. E isso era, tipo, a coisa favorita dele para fazer comigo. Então… Eu tenho um amor por filmes de terror e memórias realmente ótimas compartilhadas com o meu pai por causa disso”, acrescentou.
Anos de expectativa
Curiosamente, Sydney foi ter seu primeiro contato com a história de “Imaculada”, dez anos atrás. Na época, ela chegou a fazer um teste para a personagem, mas o projeto não saiu do papel. Porém, após um ciclo de sucesso em Hollywood, com duas indicações ao Emmy pelas séries “Euphoria” e “The White Lotus“, e seu protagonismo em “Todos Menos Você” tudo mudou.
“Eu enviei um e-mail [durante as gravações de ‘The Handmaid’s Tale’] para o meu agente, ainda no set, dizendo: ‘O que aconteceu com ‘Imaculada’? O que aconteceu com o filme? Eles fizeram? Onde está?”, contou ela a Hugo Gloss. Sydney então ligou para o criador do filme original, Andrew Lobel, negociou os roteiros e fez a sua própria versão, além de protagonizá-la.
“Eu amava ‘Imaculada’, porque a personagem em si, é uma jornada tão doida como atriz poder interpretar algo assim. E isso me animou em um nível criativo”, explicou ela.
Inspirações para o filme
Durante o papo, Bruno Rocha opinou que “Imaculada” o lembrou de “The Handmaid’s Tale”, série que Sydney já estrelou. A atriz confirmou: “Sabe, o que é realmente interessante? É que quando eu estava no set de ‘The Handmaid’s Tale’, foi na verdade quando comecei a sonhar e visualizar como filmar ‘Imaculada’. Eu comecei a criar todas as diferentes cenas e como eu gostaria que fossem filmadas, e a grandiosidade e a escala do que esse filme poderia ser”.
De acordo com Sweeney, outro clássico do cinema a inspirou na empreitada. “Então eu adoro que você tenha visto uma comparação entre os dois. ‘The Handmaid’s Tale’ foi uma grande inspiração para mim. E também ‘O Bebê de Rosemary’ foi a referência coletiva de toda a equipe, de onde também nos inspiramos”, contou.
Susto nas catacumbas
Segundo Sweeney, o público poderá vê-la assustada de verdade em uma cena específica, gravada nas catacumbas. “Eu provavelmente nunca senti tanto medo na minha vida. Porque é tão escuro e é um labirinto, e é meio úmido. E a qualidade do ar… Foi estranho, foi muito estranho. Meu Deus. E havia algo religioso nessa trama específica”, confessou. O restante das filmagens ocorreu sem episódios estranhos. “Nós nos divertimos muito. Eu tive uma equipe incrível. A equipe italiana era muito divertida. Eu ainda falo com muitos deles hoje em dia”, salientou a atriz.
Sem polêmica com a Igreja
Filmes com temática religiosa e possessões demoníacas costumam causar polêmica e até gerar certo receio no elenco. Mas esse não foi o caso para Sydney. “Bem, eu acho que se tratando de Cecília e sua história é algo que contribuiu para toda a jornada dela. Eu sempre enxerguei o convento como algo separado da Igreja em si”, ponderou a atriz.
“Tipo, de forma alguma alguém como o Padre Tedeschi (vivido por Álvaro Morte na trama) seria responsável por uma igreja. Ele meio que criou a sua própria seita, seu próprio grupo. E tomou controle disso”, analisou ela, afastando qualquer controvérsia com a Igreja Católica.
Assista à entrevista completa: