Chama o bombeiro que tá pegando fogo, Brasil! Giovanna Lancellotti e Leandro Lima estrelam “O Lado Bom de Ser Traída”, grande aposta nacional da Netflix, lançada nesta quarta (25). Na trama, a atriz é Babi, uma mulher que descobre a infidelidade do noivo às vésperas do casamento e, no caminho para superar a traição e seguir em frente, encontra o juiz Marco (Leandro). Recheada de cenas quentes, a produção é baseada no livro de mesmo nome de Sue Hecker, pseudônimo da escritora brasileira Debora Gastaldo.
Em entrevista para Bruno Rocha, o nosso Hugo Gloss, os atores falaram sobre a surpresa ao ler o roteiro intenso, a gravação das sequências mais íntimas e a preocupação com os parceiros da vida real. Giovanna, Leandro e Camilla de Lucas ainda mencionaram a possível comparação com outros sucessos eróticos, como as trilogias de “365 Dias” e “Cinquenta Tons de Cinza”.
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O choque com o roteiro
O filme promete segurar os espectadores do começo ao fim – e os protagonistas puderam experimentar algo semelhante. No bate-papo, eles lembraram a reação com o roteiro repleto de cenas tórridas. Giovanna Lancellotti ficou em choque e chegou a hesitar se toparia estrelar a produção. “Eu fiquei um pouco em choque. É claro que quando eu li a primeira vez me deu um lugar de: ‘Será que eu vou fazer isso?’, ‘Será que tem a ver comigo?’, ‘Será que não é demais pra mim?’. Eu me considero uma pessoa mais conservadora, dentro das minhas modernidades. Então, isso foi um desafio, além de profissional, foi um desafio pessoal também”, confessou.
A atriz ainda revelou o que a fez aceitar o convite. “A primeira coisa que eu pensei foi: ‘Quem é que vai fazer comigo?, ‘Quem seria a equipe?’. E a partir daí, foi quando eu realmente tomei a decisão de: ‘Não. Vou fazer isso, vai ser uma virada na minha carreira. Eu vou fazer 30 anos, vou chegar aos 30 com ele e vamos lá'”, lembrou.
Leandro também ficou surpreso e preocupado com as cenas de nudez. O bonitão teve receio principalmente com a reação da esposa, Flávia Lucini. “Na hora que eu li, eu confesso que a coisa das cenas sensuais, da nudez, me impactou. Mas eu fui e achei o roteiro muito estruturado, tem de tudo no filme e tem cara de sucesso. É claro que primeiro veio a preocupação de com quem seria. Veio a preocupação da minha esposa, que também perguntou. Quando soube que era a Giovanna, eu falei: ‘Isso vai ser possível, vai ser maravilhoso, vai ser leve'”, contou o galã.
Já Camilla de Lucas aceitou o desafio de primeira, sem pensar duas vezes. É a estreia dela em um filme. Na história, Camilla interpreta Paty, melhor amiga da protagonista. A carioca fica mais a cargo do alívio cômico da produção sensual. “Eu fiquei muito feliz. Eu li o roteiro, eu falei: ‘Gente, que filme é esse?’. Eu já topei de cara, me apaixonei pela personagem porque ela é super divertida. Eu acho que ela vem para trazer esse alívio cômico para o filme. Tem um papel fundamental. Em algumas partes, eu achei que ela era a minha cara, então eu resolvi me jogar”, contou.
Camilla ainda conseguiu incorporar ao filme um meme icônico de quando estava no “Big Brother Brasil“. “E ainda rolou um ‘beijinhos’. Tem uma frase que marcou muito na minha vida, que eu falava no final ‘bei-ji-nhos’ e na internet viralizou. Numa das cenas, eu tinha que dar um tchau. Aí eu falei: ‘Não vou dar um tchau.Vou falar beijinhos’. E eu só vi quando eu assisti ao resultado final, aí eu gargalhei”, revelou.
Adeus, “Cinquenta Tons de Cinza” e “365 Dias”
Durante o papo, Bruno Rocha lembrou que a comparação de “O Lado Bom de Ser Traída” com outros sucessos é inevitável. De acordo com Giovanna Lancellotti, porém, as semelhanças entre os projetos parariam ainda no gênero, de thriller erótico. “Eu acho que a única coisa que eles têm em comum é realmente o gênero. Principalmente o ‘Cinquenta Tons de Cinza’, que também é uma trilogia no formato de literatura erótica. Eu acho que isso se assemelha, mas a história é muito diferente. E o que eu mais acho que difere o nosso, é que ele é mostrado pelo olhar da mulher e não do olhar do homem”, explicou.
Ela também falou da importância da abordagem feminina na produção. “Os desejos sexuais são os desejos da mulher, não são os desejos do homem. Por exemplo, não tem cenas de sexo oral masculina, só feminina. E nesses filmes, o ponto auge é sempre isso. Eu fiquei muito feliz de trazer o olhar da mulher, a mulher ter a vontade, a mulher ser a dona dos desejos dela. A mulher não ter o tabu de falar com uma amiga sobre sexo, de trocar informações sobre sexo. E eu acredito que as mulheres possam realmente ter despertares com esse filme. As mulheres que assistirem vão sair diferentes, vão testar coisas novas”, acrescentou. Uiii!
Já Leandro revelou como se sente estando prestes a ser alçado ao posto de “símbolo sexual”. O ator tem vivido uma ascensão na carreira desde a performance no remake de “Pantanal” até seu papel atual em “Terra e Paixão“, ambas da TV Globo. “Eu não pensei nisso de símbolo sexual”, admitiu. “Mas eu acredito que é um passo muito importante na minha carreira. Eu acho que na carreira de todo mundo porque é um filme que tem de tudo para fazer sucesso, não só no Brasil, mas em outros lugares”, justificou.
Apesar de ainda não vislumbrar o título, o ator já tem tomado posse de seu sexy appeal. Nesta semana, por exemplo, ele esquentou as redes ao publicar uma foto nu olhando para o espelho e ostentando o corpo torneado para falar do novo papel.
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Sexy sem ser vulgar: o segredo das filmagens
A direção de “O Lado Bom de Ser Traída” é de Diego Freitas, também responsável por outro sucesso da Netflix, “Depois do Universo” – um dos títulos brasileiros com maior número de visualizações na plataforma. O diretor, segundo o elenco, foi a peça-chave para manter o filme nos trilhos, sem descambar para o vulgar. “Isso era uma preocupação desde o começo. Eu acho que isso parte muito da confiança que você tem no diretor. O Diego passou essa confiança, mesmo com pouco tempo. Apesar de ser um diretor super jovem, ele quebrou o gelo”, disse Leandro.
“Ele é inovador, vem fazendo excelentes trabalhos e é um diretor que dirige ator. Eu amo quando os diretores gostam de dirigir ator, e não só a estética da cena, não só a proporção. E sim, dirigir a atuação. O Diego fez muita diferença nisso para a gente. Ele é uma pessoa muito detalhista, então, por exemplo, a maquiagem que eu gostava de fazer, ele vinha e opinava. Tudo ele ficava muito atento”, completou Giovanna. “Assistindo ao filme a gente vê como ele está lindo, eu acho que a diferença está ali na direção e tudo mais, na fotografia”, concordou Camilla.
Para as cenas quentes, inclusive, eles tiveram uma preparação com Maria Sílvia, coordenadora de intimidade da produção. “É uma função relativamente nova no Brasil, mas lá fora já tem há bastante tempo. Até o beijo é muito ensaiado, coreografado, para evitar das pessoas se sentirem desconfortáveis. A gente sabe que é uma cena de intimidade e ela foi fundamental. Até para o trabalho do Diego, porque o que ela fazia era coreografar as cenas de sexo como uma dança mesmo, ela montava a cena junto com a gente”, explicou a protagonista.
“Acho que em toda obra de audiovisual você tem que confiar no diretor. Mas nessa, a gente precisava mais ainda. O Diego conseguiu fazer com que as pessoas tenham tesão, mas sem ser vulgar”, apontou Leandro. “Eu acho legal o papel da Maria, porque às vezes evita do ator ter que expor, porque cada um tem a sua particularidade. Por mais que seja um personagem, ainda é o nosso corpo. O papel dela foi primordial”, refletiu Camilla.
Giovanna, que começou a carreira aos 17 anos em “‘Insensato Coração”, também contou se está pronta para os “novos olhares” do público, diante das cenas quentes. “Eu espero esses olhares, né?! Isso tem que valer a pena!”, brincou, aos risos.
“As pessoas me conhecem desde os meus 17 anos, agora eu estou nos 30, mas realmente nunca viram essa vertente minha ou do meu trabalho. É legal quando o público te acompanha desde sempre para ver sua evolução. Mas ao mesmo tempo não deixa de ser um choque, então eu acho que vou sentir essa diferença, mas eu venho preparando a minha cabeça e meu corpo para essa mudança”, acrescentou.
Reação dos companheiros
Fora das telinhas, Giovanna Lancellotti namora o empresário Gabriel David desde 2021. Mesmo impactado por algumas cenas, a atriz contou que o amado elogiou a produção e a atuação do elenco. “Gabriel foi muito parceiro. A gente sabe que não é um trabalho fácil, que é delicado. Em 13 anos de profissão, eu nunca tinha feito algo assim. E eu namoro uma pessoa que não é ator, eu nunca quis estipular isso de: ‘Você tem que não sentir nada, porque esse é o meu trabalho’. É normal as pessoas sentirem coisas”, explicou.
Durante as gravações, Gabriel David e Flávia Lucini acabaram “trocando figurinhas” sobre como lidar com as sequências mais íntimas entre os respectivos parceiros. “Inclusive nossa preocupação foi muito de ter um cuidado com eles, tanto com o Gabriel quanto com a Flávia. A gente conversava muito sobre isso. Mas ela não assistiu ao filme ainda”, contou Leandro.
“Gabriel e Flávia ficaram super próximos nesse processo. Ele achou o filme tão bom, tão bem feito, bem produzido, tão dinâmico, a fotografia tão linda… Claro que ele se chocou um pouco com as cenas, mas o orgulho dele comigo foi maior e isso eu achei muito bonito”, completou Giovanna. Awn!
“O Lado Bom de Ser Traída” chega ao catálogo da plataforma nesta quarta-feira, 25 de outubro. O elenco ainda traz nomes como Bruno Montaleone, Micael Borges e Louise D’Tuani. A direção é de Diego Freitas e o roteiro é assinado por Camila Raffanti.
Assista à entrevista completa:
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