Na manhã dessa quarta-feira (25), o mundo se despediu de Diego Armando Maradona. O extraordinário ídolo do futebol faleceu aos 60 anos, após insuficiência cardíaca aguda, que resultou em edema no pulmão, segundo informa a autópsia preliminar realizada. A análise foi divulgada pela emissora argentina Canal 5 Notícias.
O jogador enfrentava problemas de saúde desde o início do mês, quando passou por uma cirurgia delicada às pressas, para drenar uma pequena hemorragia no cérebro. Depois, Maradona permaneceu internado devido a uma “baixa anímica, anemia e desidratação”, além de um quadro de abstinência devido ao vício em álcool. Em 12 de novembro, oito dias após a hospitalização, o campeão mundial da Copa de 86 recebeu alta e seguiu com o repouso em casa.
A família do craque suspeita que o recente episódio de insuficiência respiratória do argentino pode ter sido causado por um erro em prescrição de medicamento. Além disso, a rápida alta após operação também vem sendo questionada. De acordo com o C5N, seis ambulâncias foram chamadas para atender o ex-jogador, mas não conseguiram salvá-lo.
Antes de partir, Maradona estava acompanhado de seu sobrinho, Johnny Espósito, pelo cunhado de seu advogado, Maximiliano Pomargo, e por uma querida funcionária, Monona, a quem apelidou de “mamãe postiça”. Ao saberem do mal-estar do craque, esses rapidamente entraram em contato com o médico Leopoldo Luque, além de contatarem também Dalma, Gianinna e Jana, filhas do técnico que moram na Argentina.
Em coletiva de imprensa realizada na tarde dessa quarta (25), John Broyad, responsável pela investigação da morte de Maradona, informou que o óbito não apresentou sinais de criminalidade e que aguarda o resultado final da autópsia: “Não há nenhum sinal de criminalidade ou de violência. A autopsia é que vai apontar a causa da morte”.
De acordo com o jornal Clarín, o futebolista andava ansioso, deprimido e angustiado nos últimos dias, por não ter conseguido reunir todos os seus filhos – Dalma Nerea, Gianinna Dinorah, Jana, Diego Fernando e Diego Jr. – e também o neto, Benjamín Agüero, para comemorar o que viria a ser seu último aniversário, em 30 de outubro.