Mikael Fox, repórter cinematográfico da TV Globo, foi demitido após ser acusado de assediar sexualmente duas produtoras. O cinegrafista faria parte da cobertura das Olimpíadas de Tóquio e estava no Japão desde o início do mês. No entanto, de acordo com a Veja Rio, ele teve de retornar ao Brasil e foi desligado da empresa já neste sábado (17).
O caso aconteceu durante uma festa no hotel em que profissionais da Globo estavam isolados, relatou o Notícias da TV. Todos os 12 presentes eram funcionários da empresa, que celebravam o aniversário de outro cinegrafista. Conforme o protocolo estabelecido, os profissionais poderiam frequentar os quartos uns dos outros, ir às arenas e usar áreas comuns do quarto dia ao décimo quarto dia – portanto, o encontro poderia acontecer.
A festa teve início nos corredores do hotel, mas, mais tarde, os profissionais se reuniram no quarto de um dos presentes. Foi então que aconteceu o assédio contras as produtoras. Um dia depois, as duas mulheres reportaram o caso à chefia da Globo que está em Tóquio.
O caso foi confirmado com as vítimas e por colegas que estavam na confraternização. Posteriormente, a situação foi repassada ao comando do setor de Esporte da emissora, no Rio de Janeiro. Por fim, a Globo determinou que Mikael Fox retornasse ao Brasil imediatamente. Ele chegou ao país na quinta-feira (15), e foi desligado no sábado (17).
TV Globo confirma demissão e se manifesta
Procurada pela revista Veja Rio, a TV Globo confirmou a demissão de Fox. Apesar de não falar abertamente sobre o caso em questão, a emissora expressou repúdio e intolerância contra assédios. A empresa também disse apurar com critério as denúncias do gênero. Veja a nota na íntegra abaixo:
“Por decisão da Globo, que não foi tomada por nenhum profissional do time que está em Tóquio, o repórter cinematográfico Mikael Fox não faz mais parte do time de Esporte da empresa. Sobre os questionamentos de compliance, a Globo não comenta assuntos de Ouvidoria, mas reafirma que todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes”.
Mikael Fox estava no grupo Globo há 15 anos. O cinegrafista começou a carreira numa afiliada, mas passou a trabalhar para a emissora em São Paulo e fez parte dos maiores projetos do jornalismo no canal – tais como “Jornal Nacional”, “Fantástico”, “Profissão Repórter”, “Globo Repórter”, entre outros telejornais. No campo dos Esportes, ele diz ter exercido as funções de produtor de conteúdo, diretor de fotografia, reporter cinematográfico e produtor.