Nesta segunda-feira (25), Daniel Alves foi solto, após pagar a fiança de um milhão de euros (R$ 5,4 milhões) na Espanha. Ele foi condenado por estupro, mas seguirá em liberdade provisória. Após muitas dúvidas sobre quem teria ajudado o atleta a se livrar da prisão, o jornalista esportivo Mabkhout Al Marri afirmou que o jogador Memphis Depay foi quem desembolsou o montante.
Depay é holandês e já chegou a defender a camisa do país pela Seleção Holandesa. Ele jogou com Alves pelo Barcelona em 2021 e, atualmente, atua pelo Atlético de Madrid. No post, o jornalista ainda relata que Neymar não teve participação na negociação.
Memphis Depay foi quem pagou a fiança de 1 milhão de euros de Daniel Alves.
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— Sala12 (@OficialSala12) March 25, 2024
Essa não seria a primeira vez que Depay ajudaria um colega de campo envolvido em questões judiciais. No ano passado, ele deu suporte ao francês Benjamin Mendy, que também foi preso por estupro. Mendy, no entanto, terminou inocentado das quatro acusações de agressão sexual. Depay ainda emprestou dinheiro para o holandês Quincy Promes. O atacante foi condenado a seis anos por tráfico de cocaína. A droga saía do Brasil com destino ao porto de Antuérpia, na Bélgica.
Em entrevista ao site português Record, Memphis Depay comentou o caso de Daniel Alves e explicou o motivo de apoiar os jogadores. “Benjamin Mendy e Dani Alves também estiveram envolvidos em casos criminais, mas isso não significa que tenham deixado de ser meus amigos. Não conheço o Quincy tal como ele é descrito. Isso não significa que eu diga que eles fazem as coisas bem ou que apoio tudo o que os meus amigos fazem. Mas não vou deixá-los”, declarou. Até o momento, o atleta não confirmou se realmente ajudou Alves.
Sentença
Daniel Alves foi detido em 20 de janeiro de 2023, na Espanha, após ser acusado de abuso sexual. Segundo a denúncia, na Justiça da Catalunha, a mulher de 23 anos declarou que foi estuprada pelo jogador durante uma festa, em uma boate de Barcelona, em 30 de dezembro de 2022. Desde que foi detido, ele mudou sua versão dos fatos pelo menos cinco vezes.
O julgamento, no mês passado, contou com o depoimento de 28 testemunhas. Em sua versão, que durou 20 minutos, Daniel chegou a chorar e alegou que a relação sexual com a jovem teria sido consentida e causada pelo excesso de álcool. O Ministério Público deferiu 9 anos de pena, enquanto a acusação pedia a pena máxima de 12 anos. A Justiça, entretanto, fixou a pena em 4 anos e 6 meses de prisão em regime fechado.
Na ocasião, a juíza Isabel Delgado também determinou que o ex-atleta tenha liberdade supervisionada por 5 anos, após cumprir a pena, fique afastado da vítima por nove anos e pague uma indenização de 150 mil euros (cerca de 804 mil reais).
Nesta segunda, porém, após verificar o pagamento e recolher os dois passaportes de Daniel Alves (o brasileiro e o espanhol), a Audiência Provincial de Barcelona, responsável pelo caso, concedeu o pedido da defesa. Veja o vídeo do momento, clicando aqui.
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