Detido há uma semana, Daniel Alves pediu para restringir as visitas que recebe no centro penitenciário Brians 2, na Espanha. Segundo o “El Mondo”, essa seria uma tentativa do atleta de diminuir a pressão da mídia em volta do caso de estupro pelo qual é investigado.
De acordo com o jornal, Alves quer se concentrar na preparação de uma estratégia de defesa que o livre da prisão num futuro próximo. Por essa razão, ele agora pede que apenas seus advogados e familiares mais próximos o visitem.
Nesta sexta-feira (27), o advogado do jogador afirmou que entrará com um recurso contra sua prisão. De acordo com o “El Periódico”, Cristóbal Martell vai propor medidas alternativas para garantir que Daniel não fuja da Espanha, como o uso de uma tornozeleira eletrônica. A equipe do atleta tem até a próxima terça-feira (31) para pedir pela soltura do brasileiro e, caso o recurso não seja aceito, ele ficará preso até o seu julgamento, ainda sem data marcada.
Sobre seu dia a dia na centro carcerário, o “El Mondo” afirma que Daniel estaria abatido, mas já começaria a se integrar com os outros detentos. Ele teria, inclusive, participado de algumas das atividades atribuídas aos presos de cada cela, como a limpeza.
Relembre o caso
Daniel Alves foi detido em 20 de janeiro, após ser acusado de abuso sexual na Espanha. Segundo a denúncia, que está na Justiça da Catalunha, uma mulher de 23 anos declarou que foi abusada sexualmente pelo jogador durante uma festa em Barcelona, em 30 de dezembro de 2022.
A juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, ordenou a prisão preventiva e sem direito a fiança do atleta. Segundo uma fonte revelou à AFP, ao determinar a prisão, a juíza levou em conta as condições financeiras do jogador, o fato de ele não ter raízes no país, e a ausência de um acordo de extradição entre Brasil e Espanha.
De acordo com o ‘El País’, a mulher, de 23 anos, não pretende receber qualquer indenização. A jovem quer apenas que se faça justiça e que Daniel Alves seja preso. Enquanto isso, as autoridades seguem investigando o ocorrido, tomando depoimento de testemunhas, realizando a perícia do local e avaliando os exames médicos. Ele pode pegar até 12 anos de prisão caso seja condenado.