A família de Michael Schumacher luta para proteger a privacidade do ex-piloto, enquanto enfrenta uma tentativa de chantagem. Markus Fritsche, ex-guarda-costas de Schumacher até 2021, é acusado de chantagear a família usando centenas de fotos privadas, vídeos e anotações médicas do heptacampeão.
Ele compareceu ao tribunal na Alemanha ao lado de Yilmaz Tozturkan, um segurança, e seu filho, Daniel Lins, especialista em TI. Tozturkan é acusado de “ameaçar” divulgar fotos e vídeos de Michael na dark web, a menos que a família pagasse £ 12.000.000, o que equivale a cerca de R$ 75 milhões.
De acordo com o jornal alemão Bild, a esposa de Michael Schumacher, Corinna, permite apenas a visita de pessoas de confiança à Schumacher. Ela também apresentou um pedido para que o caso seja ouvido a portas fechadas, o que significa que o público pode ser excluído da audiência se a saúde do piloto for discutida.
No documentário da Netflix “SCHUMACHER” de 2021, Corinna já havia deixado clara, a importância de proteger a privacidade de seu marido: “Estamos tentando seguir em frente como uma família, da maneira que Michael gostava e ainda gosta. E continuamos com nossas vidas. Para mim, é muito importante que ele possa continuar a desfrutar o máximo possível de sua vida privada. Michael sempre nos protegeu, e agora estamos protegendo Michael”.
Embora a família permaneça em silêncio, rumores sobre a presença de Schumacher no casamento de sua filha, Gina-Maria, em setembro, alimentaram especulações. Protocolos rígidos, como a proibição de celulares, teriam sido aplicados no evento realizado na mansão da família em Maiorca. No entanto, amigos próximos, como o ex-piloto Johnny Herbert, desmentiram as alegações, classificando-as como “fake news”: “O mais recente boato era de que ele teria comparecido ao casamento de sua filha. Infelizmente, pelo que eu entendo, isso tudo não passava de notícias falsas e não tinha qualquer verdade.”
Em 2020, Elisabetta Gregoraci, ex-esposa do ex-chefe da equipe de F1 Flavio Briatore, disse à imprensa espanhola: “Michael não fala, ele se comunica com os olhos. Apenas três pessoas podem visitá-lo e eu sei quem são.”
Já em 2014, fãs de Schumacher obtiveram uma rara noção de seu estado de saúde quando o ex-piloto de corrida e amigo próximo, Philippe Streiff, revelou que Michael estava paralítico e usava uma cadeira de rodas: “Ele está melhorando, mas tudo é relativo. É muito difícil. Ele não consegue falar. Como eu, ele está paralítico em uma cadeira de rodas. Ele tem problemas de memória e de fala”.
O ex-chefe da Ferrari, Jean Todt, comentou anteriormente ao Bild sobre a determinação de Corinna em cuidar de Michael: “Passei muito tempo com Corinna desde aquele dia. Ela é uma grande mulher e gerencia a família com uma força impressionante. Corinna não esperava por isso, aconteceu de repente e ela não teve escolha. Mas ela faz isso muito bem. Confio nela, ela confia em mim. Graças ao trabalho de seus médicos e à cooperação de Corinna, que queria que ele sobrevivesse, Michael sobreviveu – mas com consequências”.