Ariarne Titmus revelou, ao programa “The Project”, as condições precárias que os atletas foram submetidos nas Olimpíadas de Paris. A australiana, que é uma das maiores nadadoras da atualidade, criticou bastante a organização do evento, frisando a precariedade das instalações da Vila Olímpica.
“A vila não é tão glamurosa quanto as pessoas pensam. O banheiro do meu apartamento é maior do que a sala de estar do quarto da Vila Olímpica dividido por quatro atletas. Nossos lençóis foram trocados depois da primeira noite em que estivemos lá, e não foram mais trocados até sairmos da Vila. Estávamos vivendo na sujeira“, revelou a bicampeã olímpica dos 400m livre.
A atleta comentou que até o papel higiênico estava escasso. “Tivemos que mentir sobre sermos colegas de quarto para podermos conseguir mais papel higiênico. O papel higiênico acabava e eles nos davam um (rolo) por quatro dias, para o apartamento inteiro“, contou.
A nadadora de 23 anos também fez críticas ao colchão das camas. “(…) os colchões que estavam lá eram como redes de pesca todos emaranhados, e eles desmanchavam em três segundos, três partes que se juntavam. Então eles não eram nem um colchão grande“, revelou.
A australiana teve oito dias de competição em Paris, disputando quatro provas, e ficou no pódio em todas. Em sua segunda edição de Olimpíadas, ela foi ouro nos 400m livre e no revezamento 4x200m livre feminino, além de ter ganhado a prata nos 200m livre e nos 800m livre. Em Tóquio, ficou com o ouro nos 200m e nos 400m livre, com a prata nos 800m e com o bronze no revezamento 4x200m feminino.
Outras reclamações sobre as condições na Vila Olímpica
A infraestrutura e a higiene da Vila foram questionadas por outros atletas. Além disso, o calor extremo e a comida também foram alvos de reclamação. Alguns atletas chegaram a relatar a presença de larvas nas proteínas do restaurante.
O campeão dos 100m costas, Thomas Ceccon, também criticou as condições na Vila Olímpica. O italiano foi flagrado dormindo no gramado, por conta do forte calor.