Olimpíadas 2024: Após derrota, judoca cai no choro em entrevista e revela tragédia pessoal antes dos jogos: “Pensei em desistir”; assista

Em momento emocionante, a judoca Rochele Nunes foi abraçada pelo repórter Marcelo Courrege

As Olimpíadas de Paris 2024 têm proporcionado momentos de intensa emoção, tanto nas vitórias quanto nas derrotas. Um exemplo disso foi o caso da judoca peso pesado Rochele Nunes, no qual as lágrimas vieram como desabafo. Em uma entrevista à TV Globo, Rochele foi confortada pelo repórter Marcelo Courrege após perder a luta para a bósnia Larisa Ceric.

Rochele nasceu no Rio Grande do Sul, mas foi naturalizada portuguesa e representa o país europeu na competição na França. Após uma luta rápida, na qual sofreu um golpe chamado shime waza (estrangulamento), que a retirou da disputa na categoria +78kg, ela conversou com o canal carioca.

Para Courrege, Nunes admitiu que enfrentou problemas familiares meses antes da viagem para os Jogos. Aos prantos, ela revelou ter perdido o irmão de sete anos, o que a abalou muito emocionalmente.

“Eu nem sabia se eu ia ter condições de estar aqui. Há seis meses eu perdi meu irmão de sete anos, e foi muito difícil de ser forte”, confessou Rochele. “Pela primeira vez na vida, eu pensei em desistir. Mas se eu tô aqui, é porque minha família me apoiou. Foi muito difícil, desculpa”, declarou, sem conter as lágrimas.

Ao notar a vulnerabilidade da atleta, Courrege repetiu o gesto que já havia feito para Mayra Aguiar, após derrota para a italiana Alice Bellandi. Além de reconfortá-la, reforçando que Rochele fez seu melhor na disputa, o jornalista também lhe deu um abraço apertado. “A gente sabe o tanto de esforço que vocês fazem”, declarou ele.

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Na sequência, Rochele revelou que o falecimento de seu irmão foi parte de uma série de perdas, incluindo a perda da moradia da família. “Existe dor maior [do que perder a luta]. Eu ter perdido ele há seis meses foi… Depois a minha mãe perdeu a casa na enchente. Foi muito difícil estar aqui mentalmente”, declarou.

Por fim, a atleta ressaltou que lutou até o fim e agradeceu o apoio do Brasil: “Mas eu queria, eu me preparei muito, muito mesmo. Foi muito sofrido. Mas eu tô orgulhosa do meu percurso. É por isso, que eu desmaiei, eu não ia entregar de mão beijada”.

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